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Set 12

 

Imagem recolhida na Interte

 

 

 

Perfumes da madrugada…

 

 

Perfumes da madrugada

Generosos e plenos

Das palhas secas das mondas

Repousando assimétricas

Molhadas pelas lágrimas da madrugada

Invadiram todo meu ser

Do húmido acre do amarelo intenso

Das mondas do final deste verão

Deixo todos estes melodiosos cheiros

Invadirem toda a minha mansão

Abrindo de par em par

Todas as janelas

Todas as portadas

Do meu corpo

Da minha alma

Voltadas para as lezírias de loures

Dos meus olhos duas lágrimas rolaram

Soltas pela saudade das anharas angolanas

Aqui e ali pontuadas pelos imbondeiros

Olho sem as ver

Nelas navego até lá longe

De olhos semicerrados

Até onde a minha saudade pode alcançar

Mais do que o alcance do meu olhar

Moram os perfumes desta cálida madrugada

Que me entram pelas narinas

Que me fazem estremecer

Que me fazem renascer

Lá bem fundo de todo o meu ser

Quentes

Húmidas

Acres

Verdadeiras

Como as anharas da minha doce Angola

Plenas da Vida da Mãe Natureza

Saudades que perdurarão na minha alma

Perfumes da madrugada…

 

Marcolino Duarte Osório

          - Peregrino -

          2012-09-22

 

 

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:37
sinto-me: mas que saudades...!

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