28
Fev 10

Tempestades...

 
Sim
Elas sempre existiram
Quer dentro de cada qual
Quer transmissível
Por outras Tempestades
Em forte Pandemia
Que rodeiam os Incautos
Que enganam os de Boa-Fé
Sempre prontas a devassar
Sempre prontas a destruir
Sempre prontas a marginalizar
Sempre prontas a desagregar
Tempestades
Sim
Quem nunca se viu assolado
Por fabricantes de Tempestades
Em forte Pandemia
Que rodeiam os Incautos
Que enganam os de Boa-Fé
Sempre prontos a devassar
Sempre prontos a destruir
Sempre prontos a marginalizar
Sempre prontos a desagregar
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-28
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:16
sinto-me: A salvo dos tempestuosos

25
Fev 10

Aquela Grande Amizade...

 
Houve tempos
Em que precisava chorar
Deus enviou-me um Anjo
Aparecido na hora certa
Para me dar forças
Para seguir em frente
Sem para trás voltar a olhar
Houve tempos
Em que me sorria bem feliz
Logo aquele Anjo aparecia
Para comigo sorrir
Houve tempos
Em que me questionava demais
O Anjo aparecia sempre
Para me indicar o caminho sereno
Houve tempos
Em que sonhei lutar para acreditar
Vivia com demasiada intensidade
Todas aquelas emoções
Desarticuladas no seu contexto
E o Anjo
Com a sua amizade verdadeira
Manteve-se sempre a meu lado
Ajudando-me reencontrar-me
Desfazendo todos os obstáculos
Que criei em minha mente
Porque de mim demais desejava dar
Daí até hoje
Foi um passo gigantesco
Passando acreditar
Na utilidade das minhas diferenças
Acreditando melhor em mim
Tendo muita Fé nos meus ideais
Hoje
Deixei de me sentir sozinho
Um Guia apareceu na minha vida
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-25
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:39
sinto-me: Guiado por um Anjo de Deus!

24
Fev 10

Mudaram-se as Vontades...

 
Mudaram-se os conceitos
Dos tempos e dos modos
Da Vida a dois
Antigamente
Toda a gente se casava
Porque só assim se entendia
Uma união a dois
Onde a honorabilidade
Onde a respeitabilidade
Eram Cortinas de Fumo
Do longo Teatrinho Família
Bem tarde e aos poucos
As vontades das Mulheres
Logo desabrocharam no Palco Social
Foi-se-lhes garantindo empregos
Foram ganhando a sua independência
Foram-se libertando
Da lei da morte dos espartilhos sociais
Alcançaram direitos iguais
Aos direitos dos seus companheiros
Tornaram-se independentes como eles
Com habitação
Com alimentos
Com agasalhos
Com direito à sua autonomia
Com direito à sua dignidade humana
Mas entre os dois
Fêmeas e machos
As hormonas falam bem mais alto
Nunca da lei da procriação se libertaram
Mas mudaram-se as Vontades
Porque entre os animais em liberdade
Nunca foi necessário papel escrito
Para se acasalarem
Para procriarem
Para cada qual seguir o seu caminho
As crias aprendem com os progenitores
Rituais da caça
Rituais de acasalamento
A medida dos seus instintos ancestrais
Onde a vontade humana não aparece
Para lhes estragar este seu Paraíso
Pois quando os humanos aparecem
E os colocam em cativeiro
Até em procriar
Acabam por se desinteressar
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-24
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 03:24
sinto-me: Bem dis posto e bem feliz

19
Fev 10

Acertar ou errar...

 
Numa retrospectiva ao meu passado
Tudo aquilo que me tem acontecido
Ao longo do decorrer da minha vida
Tem sido sempre mas mesmo sempre
Fruto das minhas atitudes
Cujo usufruto dos resultados
Deveria apenas a mim implicar
E nunca envolver terceiros
Desde a Família
Passando pelos Amigos
Tocando aos que comigo contactam
Acertar ou errar
Comparo-me singelamente
Ao Camponês Semeador
 No amanho das suas terras
Ora bem aradas
Sementes semeadas
Bem cuidadas
Todas elas darão frutos bons
Para júbilo de todos
Ora mal aradas
Sementes semeadas
A maioria definhará
Por mal cuidadas
Para crítica de todos
Ao Camponês mau Agricultor
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-19
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 22:52
sinto-me: De coração pleno de Verdade!

18
Fev 10

Ser-se...

 
O deixar-me ser
Estupidamente
Aquilo que outrem quer
À viva força que eu seja
É pior coisa
Que alguma vez
Me poderia acontecer
Porque Deus
Assim me criou
Diferente dos demais
Os demais diferentes de mim
Para que com as nossas diferenças
Nos possamos assumir
Tal como por Deus fomos criados
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-18
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:07
sinto-me: Tal como fui sempre...!

17
Fev 10

A minha primeira memória...

 
Percorri todas as minhas memórias
Ainda remanescentes
Confesso que boas memórias
Foram desfilando uma a uma
Até me recordar de mim mesmo
Quando nasci
E a este mundo fui entregue
Em busca do Seio Materno
Quentinho e delicioso
Foi sempre disto que me recordei
Como sendo a minha primeira memória
Mas de memória em memória
Cheguei bem pertinho
Dos meus dois descendentes
Transmiti-lhes tudo aquilo que sabia
E de tudo o que sabia
Nada de nada ficou omisso
Só de uma coisa tenho pena
O de nunca as ter visto crescer
De corpos sãos e mentes sãs
Como cresceram em Portugal
Mas sim na minha terra natal
Aí sim
Seria vê-las ainda bem mais felizes
Com a praia à porta de casa
Com amizades multicolores
Com uma noção bem diferente
Da Protecção a todos
Velhos e novos
Da Partilha de si mesmas
Da Paz que espalhariam à sua volta
Imbuídas
Do tal Amor Fraternal Universal
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-17
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:53
sinto-me: Muitissimo feliz...!
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16
Fev 10

A Árvore Genealógica...

 
De ancestral em ancestral
Foste tecendo um bordado
Tendo como pano de fundo
O historial da nossa família
Um dia dei contigo
Meio entupida
Com os dois lindos casamentos
De um dos teus tios
Com duas belíssimas mulheres
Como o irias fazer
Porque de ambas
Esse teu tio
Tem extensa prole
Hoje olhei uma fotografia
Com muitos
Da tal Árvore Genealógica
E quedei-me a pensar
Que tanto numa
Quanto na outra
Ninguém fala de si e dos seus
Guardam segredos infindos
Sobre as suas vidas passadas
Até quem este retrato fez
Nunca soube nada de cada um
E quem a Árvore bordou
Nada saberá dar a conhecer
Porque a si
Muita coisa foi escondida
Pelos preconceitos ancestrais
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-15
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:03
sinto-me: a levantar Fantasmas...

11
Fev 10

A Fotografia...

 
Deparei com uma velha fotografia tua
Já nem me lembrava de como havias sido
Senti-te como outrora
Feliz sorridente e confiante
Depois
Olhei uma recente fotografia tua
Nunca te havia imaginado assim
Estás avelhada por natureza tua
Sem aquele sorriso lindo que te dava vida
Tens hoje olhos tristes
Como nunca os vira
Nas nossas vidas passadas
Teu sorriso estudado
Tal como os fotógrafos gostam
É o espelho da tua alma amargurada
Decote como sempre gostaste
Longo e lânguido
Mostrando-te como outrora
Só que de uma tristeza sem fim
Inigualável
Não queria acreditar
Em tal transformação tua natureza
Perguntei a Deus
O que contigo se estaria a passar
E uma doce voz me murmurou
Peregrino meu doce filho
Não ligues demais às transformações
Dos da tua vida passada
Porque atitudes drásticas
Se resolveram tomar
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-11
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 13:53
sinto-me: tão triste por ti...!

09
Fev 10

À noite na nossa Casa da Praia...

Desejava tanto poder dormir contigo

Noite inteira junto ao mar
Na nossa Casa da Praia
Sentir-te lânguida e doce no meu abraço
Como ficaste da nossa primeira vez
Entre o fogo e a água
Entre o prazer e o sono
Antes dos nossos sonos mergulharem profundo
Separando-nos um do outro
Perdendo-nos na imensidão dos mares do prazer
Nossos corpos unidos se estreitavam
Como se unos e indivisos estivessem
Acordei estremunhado
Sonhara que desejava dormir contigo
Sentia o teu perfume de mulher
Entranhado em todo o meu ser
Aspirei-o longamente
Meu corpo por inteiro se relaxou
Sentindo-te aninhada no meu peito
Suspiraste demoradamente
Beijei-te os lábios ao de leve
Senti-os húmidos como o mar
Brandos como as doces brisas
Onde as gaivotas volteiam preguiçosas
Escrevendo no azul dos céus
Amo-te muito
Segredei-te mansamente ao ouvido
Que estava frio chegado das ondas do mar
Suspiraste de novo
Segredaste-me em murmúrio
Peguei em ti ao colo
Pousei-te no nosso leito de amor
Cobri teu desnudo corpo com o lençol
Aninhaste-te de novo em mim
Mergulhei contigo no mundo dos sonhos
Manhã cedo
O rei sol já seco erguido do mar
Inundou de calor a Casa da Praia
Com os seus sorrisos luminosos
Lá fora as gaivotas dançavam à brisa
Cantando poemas de amor
Anunciando um dia quente e sem brumas
Águas cristalinas preguiçosas e quentes
Deram-me os bons-dias em uníssono
Convidando-me a deixar-me envolver
Pela sua transparência sem peso
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-09
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:12
sinto-me: Amo-te!
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08
Fev 10

Sonhar acordado...

 
As Vezes
Construímos grandes sonhos
Projectamo-los
Para cima de quem amamos
O tempo vai passando
Até à inexorabilidade
Desiludidos descobrimos
Quão grandes eram os sonhos
Pequeno demais quem amamos
Para aos sonhos tornar realidade
Sonhar acordado
A quem não fez já cicatrizes
De ferimentos por nossa culpa
Só saráveis por nós
Se a isso estivermos dispostos
Reconhecendo humildemente
Que estabelecemos expectativas
Acima das realidades do outro
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-08
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:03
sinto-me: a tomar um cafezinho...!
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