Um adeus aos preconceitos...
Muitos se interrogam
Porque não são escritores
Digo-lhes simplesmente
Para serem eles mesmos
Despedidos de perfeccionismos
Pegarem em papel e lápis
Colocarem bem na sua frente
Uma flor do campo
Descreve-la a sua maneira
Da mesma forma que se descrevem
Quando se despem em frente a um espelho
Tirando peça a peça
Toda a vossa roupagem exterior
Depois olhem-se bem de cima abaixo
Dispam-se dos vossos corpos
Até encontrarem no vosso núcleo
O vosso segredo bem escondido
Que nunca vos deixou escrever
Peguem nesse segredo
Sentem-se desnudos lado a lado
E conversem um com o outro
Despedindo-se peça a peça
De tudo aquilo que vos fez nunca escrever
Despido este segredo das grilhetas do passado
Logo ele se sente gente
Para se comunicar com todos a sua volta
Depois é só uma questão de tempo
Sem pena alguma por tempo se ter perdido
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-07-21