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Mar 14

 

Logo pela manhã

 

Logo pela manhã

Calcorreio certas ruas do meu bairro

Para esticar as pernas já mais que usadas

Paro no meu café

Sento-me na esplanada ao frio

Onde beberrico a minha bica

Condimentada com uma cigarrada

Olho em volta distraidamente

Recebo de quem passa os bons dias

De imediato retribuo

Com um sorriso e um acenar de mão

Pelo chão um bando de pardais

Luta pelos grãos de pão e bolos

Chilreando alegremente aos meus ouvidos

Entre eles seus chilrreios são admoestações

Pela posse dos poucos grãos restantes

Sorrio-me intimamente com tal cenário

Num repente perpassa-me pela memória

Certas cenas dos irmãos sovietes

Que também disputam entre si

Duas grandes migalhas de trerreno

Em vez de patriotas

Tornam-se algozes uns dos outros

Até que a lei da morte os vá separando

 

 Marcolino Duarte Osório

          - Peregrino -

          2014-03-06

 

 

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 05:03
sinto-me: feliz!

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