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Mai 11

 

Poeta Boémio...

 

Poeta Boémio

Boémio poeta acorda lá

Dessa longa noite de fados

E vem ter connosco dias a fio

Para conversar e fazer versos

Versos às mesas dos cafés

Pelos bancos dos jardins

Nas paragens de autocarros

Pelos lindos miradouros

Das cidades onde vagabundeias

Sem cansado nunca ficares

Poeta boémio

Boémio poeta pés a caminho

Para com outros poetas

Todos os fados se apagarem

E mil sorrisos despertarem

Para que este mundo inolvidável

Só de rostos felizes se cubra

Sem sulcos de amargas lágrimas

Nem rosas castanhas por secarem

Sentadas às esquinas dos Tempos

Dos Tempos de um Tempo já finado

Cremado por passado em sofrimento

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-24

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:12
sinto-me: com coração de poeta...!

Gostava de encontrar o Poeta nas ruas de qualquer cidade e fazê-lo meu amigo, para trocarmos ideias de que resultassem versos únicos irrepetíveis, impossíveis de escrever como parecem ser alguns do Fernando Pessoa. Que no entanto os escreveu.
Zilda Cardoso a 31 de Maio de 2011 às 08:17

A poesia apafece-me quando menos espero, principalmente de madrugada. Acordo com uma cachoeira de letras e palavras indecifráveis que me fazem não resistir, obrigando-me a pular da cama, ligar o computador e deixar que as letras, uma a uma, se coloquem sobre cada uma das teclas para se juntarem em palavras que, umas vezes me fazem sentir aliviado, outras, fazem-me chorar as dores passadas. Foi o que me aconteceu com o «Poeta Boémio», chorei enquanto dedilhava o teclado. Esta poesia foi escrita em 2007. Gosto tanto dela que resolvi recolocá-la neste meu blogue.
Estimada Amiga, grato pela sua presença e pelo seu agradabilissimo comentário!

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