Gerações da Violência...
Acordei manhã cedinho
A Alvorada estava de abalada
O céu predominantemente azulão
Não conseguia fazer-me receber sua Paz
Porque me sentia assombrado
Porque me sentia vulnerabilizado
Com tanta violência à minha volta
Violência no masculino
Violência no feminino
Violência já instalada violência alicerçada
Violência não imberbe
Violência em Vasos Comunicantes
Violência semeada de ódios de morte
Onde só a semente do amor deveria existir
Violência Arrogante das cegueiras da Arrogância
Violência verbal violência continuada
Violência do Silêncio como o da Morte o é
Violência da indiferença violência do abandono
Juventude violenta novos fazedores de guerras
Matam-nos com a frivolidade da sua violência
Suicidam-se violentamente os de menor violência
Porque os restantes só na violência se conseguem impor
Quem deseja ser feliz rechaçado será violentamente
Como fico eu perante tudo isto pergunto-me
Entrego-me nas Doces Mãos de deus
Peço-lhe para não me deixar envolver pelos açougues
Que de gadanha em riste buscam violentamente
Os que não deixaram de Cultivar a Paz a Partilha e o Amor
Para que deles nem suas memórias se consigam perpetuar
Gerações da Violência imperam a olhos vistos
A pouco e pouco as gerações do Peace and Love
As Baladas de Amor os afagos de carinho e os Afetos
Serão estórias perdidas na História do evoluir dos tempos
Gerações da violência nem conta se dão quão violentos são
Mas existirão muitos que a esses tais Seres violentos
Sem medo que sejam violentos os Amem sempre
Porque até um que faz gáudio da sua violência deve ser amado
Um dia Cristo disse: Saulo..., Saulo..., porquê a nós queres tirar a vida
Assim Saulo deixou de ser violento e Batizou Jesus de Nazareth
Nas doces e mansas águas do Rio Jordão
Os novos Violentos serão os Saulos do Futuro
Que a tal de Paz trarão de novo a este Mundo conturbado por sem rumo
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-05-31