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Morrer-se jovem...
Morrer-se jovem
É coisa que dói fundo
Nas Almas de quem Alma tem
Meus filhos na sua adolescência
Pediam-me teimando comigo cegamente
Para que os deixasse sair à noite
Com outros jovens como eles
Para se divertirem a sua maneira
Opus-me sempre
Porque imprevistos existem a cada esquina
Mesmo que só aos outros possa e deva acontecer
De Pai Querido
Pai Porreiro
Pai Compincha
Em minutos passei a Kota Déspota e Execrável
Porque aos filhos não lhes soltava as rédeas
Nada mesmo
Porque alguns Jovens aqui do bairro à Rédea Solta
Rapazes e raparigas
Alguns haviam morrido
Outros Paraplégicos haviam ficado
E eu havia apostado
Havia jurado a mim mesmo
Jamais me veria a visitar a Campa de um Filho Jovem
Só porque no regresso da Curtição tivesse perdido a Vida
Jamais receberia um certo olhar profundamente critico
De um filho Paraplégico Imobilizado numa Cadeira de Rodas
Que me dissesse em silêncio olhando-me olhos nos olhos
Paizinho porque não me proibiste e me deixaste ir Curtir...
Confesso-vos que prefiro ser considerado como um Pai Déspota
Que das travessuras inconscientes dos filhotes sempre os protegeu
Nunca os tivesse deixado Morrer Jovens
Jamais os tivesse ajudado ao Suicídio Assistido
Jamais os tivesse entregue ao Grande Castigo dos Paraplégicos
Morrer-se Jovem...
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-06-29