Porquê ... Meu Deus...
Porquê ... Meu Deus...
Gritei de dentro de mim
Com toda aquela Digna Força
De quem se revolta
Com incertas coisas à minha volta
Sentado numa Grande Pedra
Já dentro do Céu
Onde havia chegado pouco antes
Com dois lindos nenés ao meu Colo
Irmãos de idades diferentes
Irmanados na Fome na Miséria
Irmanados na Desgraça ao Abandono
Irmanados ao Frio e ao Relento
Irmanados pelo Desencanto em uníssono
Irmanados a mim com o meu Amor
Lavei-os com minhas Tristes Lágrimas
Dos Pós dos Tempos passados na Terra
Que quase em Múmias os transformaram
Não junto a mim
Mas porque deles me abeirei
Na Hora de Abalar Rumo ao Céu
Adivinhando-os Mortos e Esquecidos
Dei-lhes de mim Amor Fraternal Universal
Cobri-os de Beijos da Santa Paz de Deus
Partilhei com Eles as minhas Forças
Com Eles dois entramos no Reino de Deus
Onde os Anjos solícitos logo os levaram
Quedando-me sentado na Pedra da Sabedoria
Gritando de dentro de mim
Com aquela Digna Força
De quem à presença Deus chega Revoltado
Porquê ... Meu Deus...
Deus na Sua Voz plena de Mansidão me respondeu
Bem perguntas todos os Porquês
Olha bem para ti
Para a tua Vida Despreocupada lá na Terra
Que só depois de Morreres
Te lembraste de ser Solidário
Para quem de todos vós Terráqueos
Mais Sofreu pelo Abandono dos Humanos
Estendi-lhe meus braços
Toda minh'Alma Envolveu com todo o Seu Amor
Para junto dos meus Meninos me enviou
Para deles cuidar Eternamente
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-11-04