Poeta Boémio…
dessa longa noite de fados
e vem ter connosco dias a fio
para conversar e fazer versos
Versos às mesas dos cafés
pelos bancos dos jardins
nas paragens de autocarros
pelos lindos miradouros
das cidades onde vagueias
sem cansado nunca ficares
Poeta boémio...
boémio poeta pés a caminho
para com outros poetas
todos os fados se apagarem
e mil sorrisos despertarem
para que este mundo inolvidável
só de rostos felizes se cubra
sem sulcos de amargas lágrimas
nem rosas castanhas por secarem
sentadas às esquinas dos templos
dos tempos de um tempo
passado em sofrimento...
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2007-03-13