Férias ... Férias...
Desde que me reformei
De férias permanentes fiquei
Trabuco diariamente
Nas minhas lides caseiras
Manduco os alimentos que faço
Passeio cá pelo bairro
Meto-me no comboio e lá vou eu
Aqui ... ali ... acolá
Olhar as belas paisagens
Fotografar paisagens a esmo
Umas Outonais
Outras bem mais frias quiçá geladas
Outras Primaveris
As de Verão deixo-as arrefecer
Porque Julho e Agosto
Dois lindos meses de frenesim
São dois óptimos meses
Para dar Férias às minhas Férias
Então o que faço
Perguntar-me-ão
Ele há sempre que fazer
Portas para seus gonzos olear
Janelas expostas ao tempo
Para raspar e pintar
Amigos a receberem-me
Amigos cá em casa hospedados
Setembro chega manso
Com o dealbar do Verão
Outono aproxima-se bem lesto
Dias muito mais curtos de luz
Madrugadas bem mais frias e húmidas
A sua primeira semana
É de praia para mim
Grandes areais parecem maiores
Pintalgados pelos retardatários
Por eles faço grandes caminhadas
Aqui e ali dou um mergulhito
Nado um pouquito se posso
De tez bem amorenada
Para o Campo vou vindimar
Até aos seus meados
A 15 de Setembro
Caem as primeiras chuvas
A minha casa regresso
São 15 dias bem diferentes
Vividos longe da populaça
Dos meninotes irreverentes
Escutando dos da terra
As escandaleiras dos veraneantes
Que me encantam e fazem sorrir
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-07-28