30
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
Não ter idade...
 
É coisa que me surpreende quase que diariamente ao conversar com gente jovem sobre determinados temas da Vida quando, a dada altura me perguntam que idade tenho. Respondo logo questionando qual a idade que me atribuem. Lá dizem um número. Respondo que já passei por aí, completando a frase com o número real, e como resposta obtenho sempre: Não parece...!
 
Fico contente apenas porque, pela conversa e pelo aspecto, volta e meia estou a conversar, a conviver, com camadas etárias bem mais jovens, escutando-os e nunca fazendo escutar-me. Também já fui jovem e não apreciava nada os doutos senhores sempre certos das suas ideais ultrapassadas, desdenhando quiçá criticando as minhas ideias de jovem...
 
Isto vem a propósito de ter ido ao café, depois de jantar, tomar a minha bica, e confirmar que, este Domingo, estaria presente no grupo que tinha encomendado uma Feijoada à Brasileira, com todos os efes-e-erres, além da saborosa Caipirinha, quando, para melhor comodidade, me sentei numa mesa de quatro lugares, saboreando o meu café e a três metros de um grande plasma. De seguida, dois miúdos, irmãos, um com 9 e outro com 12 anos, abancam a meu lado sem dar cavaco às tropas.
 
Mantive-me na minha e eles na deles. Cinco minutos depois o mais velhito, um tagarela de primeira, opinava sobre o jogo de futebol. E porque não opinar eu também. Às tantas, naquela mesa, era uma claque a favor do Real de Madrid que ninguém teve coragem para que se mudasse para o jogo do Porto. Foi de tal maneira que os pais dos jovens nos deixaram ver o jogo até final.
 
Estávamos os três eufóricos com a prestação do Real de Madrid. Os pais chamaram a miudagem. Os putos despediram-se de mim com aquela célebre saudação com as duas palmas das mãos a tocarem-se, que eles sempre usam. O mais novito disse-me: - És mesmo um kota bem fixe...!
 
Não ter idade é mesmo fixe...!!!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-30
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:21
sinto-me: É mesmo fixe não ter idade!

29
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
Terça-Feira passada foi-me apresentado um casal extremamente novo como sendo sobrinhos daqueles que tomaram essa iniciativa.
 
Como sempre adorei crianças de tenra idade fiquei encantado com a Francisca, filhota desta jovem mãe, estendi-lhe as minhas enormes mãos e ela aceitou deixar-se aninhar no meu colo.
 
Durante a conversa soube que a jovem mãe era artista de Teatro, tinha feito o Conservatório, dona de uma cultura geral agradabilissima, e que, actualmente, interpretava uma dada figura na no La Feria Piaf.
 
Perante o meu encantamento convidaram-me alá ir, para assistir a esta belissima Peça de Teatro. Argumentei com a minha falta de visão. Contra-argumentaram que tudo se resolveria a contento de ambas as partes: Anfitriã e convidado.
 
Estava receoso de ser tratado como um "coitadinho". Estava preocupado com o custo do bilhete. Estava ansioso que tudo se iniciasse porque há anos que não ía ao Teatro, principalmente assistir a um Musical do La Feria!
 
Vesti o meu levíssimo fato azul escuro, de verão, uma camisa, e gravata, de igual tom, meias e sapatos a condizer. Mirei-me e remirei-me ao espelho. SEntia-me bem estar assim vestido. Sentia ter acertado na indumetária. Sentia-me bem feliz para poder usufruir a Peça quiçá a noite também.
 
Fui ao Politiama. Cheguei à hora combinada. Telefonei para a Anfitriã. Dez minutos depois estava sentado na primeira fila.
 
Confesso que pouco vi. Mas ouvi tudo! Bebi, palavra por palavra, os diálogos! Deliciei-me com as músicas, com as vozes maviosas que interpretavam as canções, e também acompanhei a multidão, batendo palmas em pé!
 
Quando tudo acabou, senti o meu telemóvel a vibrar no bolso do casaco. Atendi. Era para ir até aos bastidores. Fui, cordialmente acompanhado, por um cavalheiro simpatiquíssimo, que a isso se predispôs e me veio procurar. Cumprimentei. Fui cumprimentado. Felicitei a minha Anfitriã que me pediu para aguardar um pouco. Não cabia em mim!
 
Trouxeram-me a casa! Para espanto meu, verifiquei que somos vizinhos, no mesmo bairro. Passo à porta deles mas nunca imaginei que, um dia, pertenceria à sua roda de amizades!
 
Estou numa excitação de adolescente, juvenil, que há muitos, mas mesmo muitos anos, não sentia!
 
Um encontro do Acaso. Uma casual apresentação. Uma frugal conversa. Uma nené chamada Francisca, um casal encantador, fizeram-me sentir feliz para o resto dos meus dias!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-29
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:50
sinto-me: Felississimo...!!!

28
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
A grande maioria dos Seres Humanos orna-se limitada por educação parental, por educação escolar, por educação religiosa, directa ou indirectamente, por educação política, em fim, por educação da sociedade a que pertence, que o envolve, que o subjuga, e que estabeleceu formas programáticas de estarem nas suas vidas.
 
Os Seres Humanos que se libertem destes Sistemas de Vida são considerados aberrações sociais por serem diferentes, isto é, serem capazes de evoluir por muito que lhes custe saberem pertencer, quase que, exclusivamente, a si mesmos, uma vez que os seus conceitos de vida não conseguem ser aceites pelos outros que os rodeiam dada a sua incapacidade de evoluir.
 
Estes Seres Humanos bem diferentes dos restantes, com os mesmos dons só que mais aperfeiçoados, recorrem à escrita. Antigamente era em forma de livros, actualmente é através da Internete, dado o seu baixo custo, nos seus Blogues ou mesmo em sites pessoais. Se têm medo de expor as suas ideias em nome próprio, fazem-no sob anonimato utilizando pseudónimos.
 
Quem é capaz de evoluir em seu próprio nome, esquece tudo o mais, ficando sujeito aos acervos das críticas destrutivas, não só das suas ideias, mas também do uso, e do usufruto, do seu bom nome tal como Galileu Galilei o foi pela Santa Inquisição, e por todos os cobardes medrosos que, de visão curtíssima, se lhe submetiam.
 
A Inquisição, Santa ou não, ainda prevalece nos dias de hoje, basta que alguém se evidencie, publicamente, para logo virem os frades e os confrades fazer tudo por tudo para dizimar tal Ser Humano bem diferente, um herege aos seus olhos e ao seu pensar!
 
Ser diferente tem bem mais vantagens que custos!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-28
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 01:58
sinto-me: Novos pensamentos a cadeado

27
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
O amor e o sexo: Aqui está um tema aliciante para os meus 67 anitos...!
 
Sempre imaginei que seria algo dolorosa esta minha passagem pelos 60 a caminho dos 70.
 
Mas não!
 
Atractivos, à direita, à esquerda, e à minha frente, não faltam. Os ditadores da Moda astuciosamente fazem realçar o que há de belo nos corpos femininos, tornando-os ainda mais atractivos.
 
Ele é ver os seios pujantes querendo saltar fora dos decotes dotados de cortes e recortes bem sugestivos. Camisolitas bem curtinhas e as calças com as cinturas bem baixas deixando ver pela frente, os lindos e bem desenhados umbigos com uma variedade excitante de piercings, estrategicamente colocados quiçá puxando atenção para o luxuriante púbis.
 
Depois há, sem metáforas, a dengosa zona glútea. Há-as de todos os tamanhos e feitios, bem desenhadas, delineadas como quem nos diz "eu existo", tristes, irreverentes, alegres, marotos, ritmadamente bamboleantes, mesmo sem música de fundo, encimados com sugestivos dizeres em inglês, que os torna muito mais cosmopolitas.
 
Com atractivos assim tão bem evidenciados, se fosse casado, ao chegar a casa, a minha Maria, muitíssimo afobada, requeria o divórcio, por excesso de assédio sexual, da minha parte.
 
Mas como não sou, reaprendi a ancestral Arte de Bem Cortejar, tanta e tanta donzela, com dotes belíssimos, de se lhes render preito e homenagem quiçá usufruir também, seria tudo uma questão de Corte bem Sucedida!
 
Amor e Sexo, sempre de mãos dadas. Amor depois do Sexo, mas Sexo com muito Amor...!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-27
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 01:09
sinto-me: A Kiss for you...!

26
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
Relacionarmo-nos uns com os outros, pessoalmente, tem a verdadeira essência do Convívio Fraterno Humano. Nestes relacionamentos existem sempre os grupinhos: Há os que gostam de passear. Há os que adoram comer. Há os que se interessam por fotografia, pintura, numismática, selos e tantas coisas mais que funcionam como pontos de encontro cultural. Aqui tudo é real!
 
Com o advento da Internete os mesmos centros de interesse cultural se mantiveram as pessoas passaram à irrealidade dos anonimatos e uma grande maioria passou a dar vazão aos seus instintos mais baixos escondendo-se sob nomes falsos.
 
Crianças, jovens e adultos passaram a ficar à mercê do "seja aquilo que Deus quiser", passaram a ser alvo fácil das investidas destes predadores anónimos, a tal ponto isso acontece que, por melhor boa vontade que exista por parte das autoridades reguladoras dos conteúdos, estão a pensar maduramente, no uso restrito, desde poderoso veículo de comunicação entre todos os Povos do Globo semelhante ao de quem vai a uma Biblioteca requisitar um livro, uma revista, em fim, algo para a sua cultura geral.
 
Pergunta-se: E os grupos?
 
Esses, disse alguém, que continuem socialmente como dantes para não se deixarem cair no ridículo da realidade da esposa, sob pseudónimo, ser infiel com o próprio marido. Só darão por ela quando se encontrarem para o tal encontro amoroso, não sem antes terem mentido um ao outro que "hoje vou de viagem e regresso muito tarde" e ela teve que se desenvencilhar dos filhos, com alguém da família, ou não, porque tem serão até muito tarde lá na empresa.
 
Eu estava no grupo e imaginei-me no filme dizendo à minha companheira: Contigo? Ao menos liberta-te dos teus pruridos sexuais, pode ser que resulte...!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-26
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:37
sinto-me: Estou muito bem disposto...!

25
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 
Custa sempre, mas mesmo sempre, deixar pessoas e lugares, com quem convivemos, onde estivemos, e onde fomos felizes. É doloroso habituarmo-nos à ideia de que fisicamente deixaram de existir para nós, além de termos deixado de existir neles, apesar deles, por lá, continuarem. É extremamente dolorosa a presença da sua ausência nas nossas mentes, nos nossos cinco sentidos. Há quem lhe chame saudade. Chamo-lhe, singelamente, inadaptação primária.
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-25
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 22:22
sinto-me: Estranha engrenagem...!

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 

Quando se atiram pedras, fomentam atoardas, lançam calúnias, com a finalidade intrínseca de demolir com o fim de satisfazer o intimo prazer primário da destruição pela destruição, mesmo que se consiga agir de uma forma quase que cirúrgica, jamais se consegue atingir o sujeito visado porque as veracidades das mentiras são antagónicas às Verdades das Verdades...

 
Raríssimas excepções, mas na sua maioria, o Ser Humano tem aprazimento na destruição de tudo quando gira à sua volta. E quando deixa de existir quem girava a sua volta, por si foi destruído, lá vai ele astuto, polido, sorridente, bem-falante, mãos discretamente afagando-se uma à outra, fato escuro de linhagem italiana, de bom corte, camisa e gravatas a condizer além das meias de seda e sapatos de cor preta, afilados, etiquetados por caras marcas das terras dos tenores, em busca de mais um grupo de vítimas, para adicionar, umas às populações das antigas Catacumbas, outras para construir novos cemitérios porque os anteriores ficaram superlotados.
 
São mais os que o defendem, mais por cobardia complementada pelos medos irracionais. Os que o atacam, ao de leve, juntamente com os restantes que se mantiveram calados para sempre, por cobardia latente, vão super-povoar as Catacumbas, não dos Cristãos fugidos das mãos criminosas dos Carrascos de Roma, mas feitos medrosos, cobardes, que discutem entre si, digladiam-se entre si, com medo de um só que, ou abre a boca, ou risca com a pena, coisas e loisas mentirosas à cerca de quem mais lhe apraz!
 
Assim, aos poucos, os Seres Humanos juntam todos os Erros das suas Vidas para, mais tarde, os apelidarem de Destino...!!!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-25
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 01:06
sinto-me: Dá para tormar um cafézinho!

24
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 

Por vezes revoltamo-nos e perguntamos que mal fizemos para não sermos felizes como desejamos.

 
É ou não verdade?
 
A mim acontece-me amiúde.
 
Minha sorte é o meu autodomínio, caso contrário "partia a loiça todinha", nem os caquinhos se aproveitavam. Mas já repararam de após um desabafo de tal envergadura, caímos em nós, somos invadidos por espécie de calma, mas aquela calma condescendente de quem aceita a birra dos meninos?!
 
Depois vem a Bonança que assente arraiais de pedra e cal.
 
De inicio agarramos em algo que esteja à mão de semear, e há que atirar contra a parede...
 
Mas de revolta em revolta, de regeneração em regeneração, menos coisas vamos escaqueirando até que nos ficamos pelas revoltas das insónias.
 
Anos mais tarde, já nem isso...!
 
Passamos a dedilhar o teclado, mas antes de o fazermos até estamos algo contrariados.
 
Depois, à medida que bytebiteamos, aos poucos, as coisas vão amainando, acabamos por acalmar, acabamos por ultrapassar a crise momentânea, acabamos por nos sentirmos nós mesmos quiçá autocurarmo-nos de algo invisivel que teimavamos em não querer ver com olhos de Seres Humanos que merecem a Paz por completo...!
 
Isto faz-me recordar uma passagem de um livro de um Operador Neurocirurgião, Dr, Hans Killian que, enquanto operava o cérebro de um seu paciente, à medida que a descompressão fisica se ía concretizando, o seu paciente recomeçou a falar.
 
Ele sentiu-se pequenino, nos seus dois metros de altura. Com Ordem de quem estava ele a tocar para recuperar um Ser Humano que havia perdido certas e determinadas faculdades com um derrame cerebral.
 
O mesmíssimo acontece connosco. Pela escrita, contando-nos uma estória do dia-a-dia, na primeira pessoa, ou noutras, o Milagre do Cérebro Aliviado, com a Ordem dos Céus, vai tomando forma.
 
Fernando Pessoa é um exemplo recente...!
 
Hans Cristian Andersen inventou a Historinha do Patinho Feio... Milhões a leram, milhões se passaram aceitar tal-qualmente vieram a este Mundo!
 
Estava a dormir. Acordei nervoso, chateado porque a insónia me bateu à porta.
 
Abri o Pc. Dei uma volta aqui e ali, e acabei por parar por aqui nesta página em branco, para conversarmos um pouquinho.
 
Sei que nos vai fazer muitiíssimo bem!
 
Queridos Amigos, uma semana, em grande...!!!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-24
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 01:30
sinto-me: Uma óptima semana...!!!

23
Ago 09

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 

À cerca das Amas, as nossas Segundas Mães...

 

Inspirado numa Crónica Diária da Jornalista Laurinda Alves, publicada no Jornal i.
 
Vinte e sete anos passados, minha filhota mais novita, por imperativos logísticos, acabou por ficar numa Ama que, segundo se dizia à boca cheia, era pessoa que amava as crianças.
 
Pelos nossos afazeres, depois de ter entrado para o Infantário Oficial, era a Dª. Maria José, a Ama da nossa filhota, ou a Mãe, como a minha filhota a tratava, que a ía buscar.
 
Depois veio a Escola Primária, ali mesmo pertinho da casa da Zézinha.
 
Depois veio a Secundária, C+S Vasco da Gama da Portela de Sacavém.
 
Bem mais tarde, por volta dos 16 anitos, seguiu para o Porto com a Mãe natural, que havia decidido optar pelo divórcio, porque assim se sentiria bem mais feliz.
 
A Ama desta minha filha sempre me estimou bastante. Olhei-a sempre como se do meu sangue fosse
 
Enquanto esteve por perto, visitava-a para saber de si.
 
Um dia soube que estava bastante adoentada e que tinha seguido para a terra, lá para os lados da Sertã.
 
Estranhei. O genro, pessoa das minhas amizades, particularmente, confidenciou-me que a sogra havia contraído Alzeimer.
 
Fiquei triste, Porque esta senhora era uma Mulher excepcional, trabalhadeira, amava o seu próximo e adoptou a minha filhota como se sua fosse
 
Fiquei revoltado. Afinal quem educou a cem por cento este minha filhota, até entrar para a Faculdade, acabou por ficar inválida!
 
Ah..., Mundo Cão...!!!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-23
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 06:11
sinto-me: Amor de uma Segunda-Mãe...!

Crónicas da Vida Real do Peregrino

 

 

Faça o favor Senhor Doutor...

Inspirado numa entrevista da Jornalista Laurinda Alves, publicada no Jornal i.
Estava à espera desta entrevista porque o entrevistado é uma figura que sempre conheci dos pequenos ecrãs e as suas teorias quiçá conclusões, abriram-me as portas ao pensamento, vezes sem conta, aquilo que outros nunca o foram capazes de o fazer.
Talvez há uns 4 a 5 anos, da parte da manhã, estava sentado na única mesa vaga na zona dos cafés, do antigo Monumental, transformado em Centro comercial polivalente. Eu esperava por ninguém, estava por ali saboreado a minha bica à espera que o tempo passasse.
De repente entrou por ali dentro, simples quiçá aparentemente displicente, aquela descontraída figura do Dr. António Barreto, com um volumoso livro debaixo do braço.
Reparei que procurava uma mesa, um lugar para se sentar.
Educadamente levantei-me e, cordialmente, ofereci-lhe um dos 3 lugares vagos existentes naquela única mesa que estava parcialmente livre.
Já com o café à sua frente atrevi-me: - Sr. Dr., aprecio-o imenso, gosto imenso de o escutar. Importava-se de me falar, por dois minutos, de algo à sua escolha, para que eu fique de Ego em pleno.
Sorriu-se, sem me perguntar pelo assunto, encetou um monólogo educativo sobre um tema da actualidade.
As horas passaram lestas demais.
Nunca mais o esqueci!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-08-23
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 06:08
sinto-me: Tomamos ambos um cafézinho...!

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