Saber com profundidade...
Olho à minha volta
Vejo tudo e todos
Caminhando
Cada qual a sua maneira
Reagindo consoante o seu feitio
Estava num aglomerado heterogéneo
De pessoas impacientes
Cada qual a sua maneira
Com pressa infinda de ser atendido
Há uma que reage mal de impaciente
Criticando tanto tempo ali perdido
Uma funcionária apenas
Nem colegas nem patrões
Respondeu timidamente
Que estava só atender uns e outros
Colocados em duas filas distintas
Uma para o caixa
Outra para os jogos e revistas
Quem criticou calou-se
Escutando alguém que o conhecia
Quando lhe deu a saber
Que a todos nós ali presentes
Quando vamos ao Caixa do Banco
Também esperamos horas infindas
Sem podermos acelerar
Quem nos atende
Quem está rodeado de colegas
Fingindo de nós nada escutar
Saber com profundidade
O que é ter que esperar
Porque a isso nos obrigam
Leva-nos a ser bem mais humanos
A olhar melhor a nossa volta
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-11-25