A minha primeira memória...
Percorri todas as minhas memórias
Ainda remanescentes
Confesso que boas memórias
Foram desfilando uma a uma
Até me recordar de mim mesmo
Quando nasci
E a este mundo fui entregue
Em busca do Seio Materno
Quentinho e delicioso
Foi sempre disto que me recordei
Como sendo a minha primeira memória
Mas de memória em memória
Cheguei bem pertinho
Dos meus dois descendentes
Transmiti-lhes tudo aquilo que sabia
E de tudo o que sabia
Nada de nada ficou omisso
Só de uma coisa tenho pena
O de nunca as ter visto crescer
De corpos sãos e mentes sãs
Como cresceram em Portugal
Mas sim na minha terra natal
Aí sim
Seria vê-las ainda bem mais felizes
Com a praia à porta de casa
Com amizades multicolores
Com uma noção bem diferente
Da Protecção a todos
Velhos e novos
Da Partilha de si mesmas
Da Paz que espalhariam à sua volta
Imbuídas
Do tal Amor Fraternal Universal
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-17