Inspiração…
Foi coisa que nunca me faltou
Para estes versos te dedicar
Recordando-te deitada à minha frente
Languida e serena
Envolta numa echarpe escarlate
Fazendo sobressair docemente
A alvura da tua tez
Teus belos seios mal se escondem
Marotos
Desenvoltos
Sob teus longos cabelos loiros
Em cascata escorrendo
Sobre teus doces ombros
Desafiando-me timidamente
Fazendo-se adivinhar lindos e vivos
Realçados sob o escarlate da echarpe
São fonte do meu desejo
Nascido de todo o teu ser
Beijo-os suavemente um a um
Até sentir tua respiração entrecortada
Deixas-te enlaçar
Deixas-te abandonar
Esquecemo-nos de tudo e todos
Não há mais vida à nossa volta
Apenas e só nós os dois
Sorrimo-nos um para o outro
Dizemo-nos que nos amamos
Exibimo-nos nossos aneis
Sinais de que um ao outro pertencemos
Fazemos juras de amor infindas
Cobrimo-nos um com o outro
Pétala a pétala planto meu jardim colorido
Ofereço-te estas flores todos os dias
Para que te sintas muito feliz
Enquanto nossa diferença de idades
Não se manifestar em divagações dúbias
Quiçá mil e um choques geracionais
Até ao dia em que encontrares alguém
Que te segrede coisas de amor
Com menos desencantos
Mas com muito mais paixão
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-08-10