21
Ago 10

Um novo Dia...

 

A noite cansada deita-se

Cai no seu sono profundo

As sombras escondem-se

A alvorada dilui-se

O azul-escuro

Torna-se rosa tímido

Numa mescla de ambos

Rosa e laranja

Sem que qualquer deles vença

O dia acorda languido

Ressurge preguiçosamente

Acordam os sons

A Vida vai-se espreguiçando

Olho lá para fora

Um azul profundo e luminoso

Uniforme e sem nuvens

Dá formas e cores

Ao longo de todo o vale

As Lezírias de Loures

Tocadas pelos primeiros calores

Dos abraços deste nascer do sol

Emanam lânguidos vapores

Autenticas cortinas translúcidas aqui

Suavemente transparentes por ali

Uma mescla do esconde mostra acolá

É a sinfonia das neblinas matinais

Esta noite esteve quente

Tão quente que tudo e todos cansou

O Verão vai para lá de meio

As férias estão no seu término

À ausência da Realidade diária

Vai-lhe roubando lugar

Vai-se instalando inexorável

Toda ansiedade latente

Adormecida nestas férias

Preocupações antecipadas renascem

Acordam do seu sono letárgico

Como por encanto

Aquela alegria nos rostos humanos

Vai-se desvanecendo

Tornando-os cansados e preocupados

Foi um sonho de dias

Foram dias longe das agruras

Há que acordar

Há que re-erguer

Há que reiniciar caminhadas

A Terra continua a girar

O Tempo não para

Nem espera pelos que ainda estão de férias

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2010-08-21

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 07:08
sinto-me: muito feliz...!!!

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