O Silêncio...
O Silêncio
Arma de dois gumes
Um Arma Mortífera de Defesa
Outro Arma Mortífera de Ataque
O Silêncio é cilíndrico
Como troncos das Árvores o são
A parte da frente do Silêncio
É quando estou de frente para ele
A retaguarda do Silêncio
É quando ele se esconde atrás do seu tronco
Correr atrás do Silêncio para o quebrar
É desejar agarrar a própria sombra
Quando há a luz do Sol para a vermos
Numa correria louca sem término à vista
O Silêncio é irmão gémeo do Cancro Maligno
O Silêncio dos Sentimentos e dos Afetos
Carrasco Implacável Silencioso a toda a Hora
Como Arma de Defesa para quem o usa para matar
Como Arma de Morte para quem o sabe manusear
O Silêncio nunca foi de Oiro
O Oiro tem valor comercial
O Silêncio é Diáfana Capa dos Assassinos Cobardes
Que matam indiscriminadamente com o Silêncio
Porque como Cobardes Servidores do deus Silêncio
No Santuário do Silêncio Servem de Corpo e Alma
Para outros Corpos e Almas dizimarem Silenciosamente
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-10-15