26
Fev 11

 

O Mérito...

 

Andei de lanterna em punho

Buscando o Mérito meu

Jamais consegui encontrá-lo

Porque de mim nada dizem

Resolvi então gabar-me

Dos pés à cabeça

Como se fosse outra personagem

Tanto fiz e tanto disse de mim

Que acabei ficando ainda mais só

O Mérito tem destas coisas

Principalmente o autoproclamado

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-02-26

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 08:24
sinto-me: anjinho...!

23
Fev 11

 

Andei de mãos dadas...

 

Andei de mãos dadas

Contigo

Ainda eras menina e moça

Eu já entradote

Descemos até ao Marquês

Numa tarde soalheira

Entramos no Oftalmologista

Para aquele derradeiro exame

Que te traria melhoria de visão

Anos mais tarde

Deparei-me com a mesma situação

Descendo até ao Marquês

Numa manhã de Primavera temperada

Sem me poderes dar a tua mão

Para me orientar

Onde seria a porta certa

Entrei no Oftalmologista

Para aquele doloroso exame

Que confirmaria meu inicio de cegueira

Sempre gostei de ajudar alguém

Dando-lhe uma das mãos

Mas se uma das vossas mãos não me derem

Também não ficarei por ali à deriva

Porque se todos

Neste Planeta de contrastes

Suas mãos me negassem para me ajudar

Não iria entrar em desespero

Por não ter quem com sua mão me ajudasse

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-02-23

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 11:50
sinto-me: nuitissimo feliz...!!!

22
Fev 11

 

Onde Tu estiveres...

 

Onde Tu estiveres

Seja lá onde for

Nem que seja para além dos Céus

Não Te esqueças de mim

Não Te vejo nem alguma vez Te vi

Mas sinto-Te em todo o meu Ser

Como Vida Eterna dentro de mim

Sempre acreditei em Ti

Porque em mim tens operado Milagres

O Milagre da Vida em mim

Porque me achas capaz de não desistir

Sabes até onde irei

Tiraste-me o medo de Te seguir até lá

Nas noites geladas

Não deixas que meu corpo esfrie

Nas minhas fraquezas

Jamais me deixaste soçobrar

Todos os meus anseios justos

Tens-me ajudado a concretizá-los

Jamais me deixaste

Nem alguma vez me deixarás

Afogar em minhas lágrimas de desespero

Porque ao veres-me mergulhar nelas

Me ensinas logo o Caminho das Pedras Lisas

Como...?

Escuta meu querido Peregrino Filho de Deus

Parafraseando-te

Onde tu estiveres

Seja lá onde for

Nem que seja no teu maior desespero

Para um pouco

Olha lá para Cima para os Céus

Ergue-me os teus braços de homem de luta

Pede-me para te dar aquela serenidade humilde

Dom de todos aqueles que em Deus sabem confiar

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-22

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:34
sinto-me: fixe...!

20
Fev 11

 

Hoje fui a uma Missa...

 

Calhou ser na Igreja aqui do meu burgo

Há anos que por lá não entrava

Já nem sabia como seria ir à Missa

Uns olhavam-me de soslaio

Sem saberem quem eu seria

Pois seus olhos jamais me haviam visto

Outros sorriam-se prazenteiramente

Como quem diz

Este nosso Irmão regressou às Orações

Como já sou entradote

Lá consegui um lugar mesmo à frente

Mais por comodidade do que por devoção

Levanta

Senta

Até chegar a a Santa Pregação

Sempre tive dificuldades mil em escutar

Gente monocórdica

O senhor Padre monordicou de tal forma

Que levei uma valente cotovelada

Para acordar da minha soneca

Com direito a ronco como música de fundo

Do Santo Discurso Eclesial

Chegados à Sagrada Eucaristia

Lá me coloquei numa das filas

Para comungar em Pecado Mortal

Segundo os rituais da minha religião

Deus castigar-me-ia

Se comungasse sem meter confessado

Comunguei serenamente e regressei ao meu lugar

Aqueles minutos de meditação

Entrecortada pelas tossicadelas de alguns Fieis

Deram-me a saber muita coisa

Entre elas uma deveras importante

Ficou-me bem mais caro ter ido à Missa

Do que entrar num boteco qualquer

Onde o café me custaria 50 cêntimos

E a minha Oblata foi de 1 Euro...

Cogitava assimetricamente nesta dualidade

Quando escutei minha Voz Interior

Aqui tens o castigo Por teres Comungado em Pecado...

Suspirei preocupadíssimo com este facto

Querem lá ver que Deus

Aprendeu com o Sócrates a castigar-nos com Impostos...

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-21

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 23:49
sinto-me: bem feliz...!

 

A Tolerância...

 

Quando Deus

Me dotou de Tolerância

Olhou para mim e disse

Meu Filho

A Tolerância não é para te ferires

Usa-a com parcimónia

Não vá exagerares e ficares doente

Mas oh Senhor meu Deus

Depois não correrei o risco

De ser apelidado de Intolerante

Não

Isso nunca te poderá acontecer

Se estabeleceres aos que te rodeiam

As regras básicas de uma sã Tolerância

Entendeste...

Mas meu Amo e Senhor

Qual é para Ti

A regra básica de uma sã Tolerância

É bem simples meu Filho

Demarca-te dos demais

Usando apenas a tua Tolerância

De preferência Tolerância Inteligente

A tal Tolerância Zero...

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-20

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 01:55
sinto-me: ter acertado...!

17
Fev 11

Imagens recolhidas na Internete

 

Opções de Vida...

 

Aconteceu que, um dia do meu passado, nem recente, nem longínquo, resolvi não escravizar as minhas filhas, optando por viver sozinho, sem aquelas ajudas extras que só elas me saberiam dar, refiro-me aos afetos e aos miminhos...!

 

Além dos afetos e dos miminhos, que mais me poderiam proporcionar?!

 

A sua companhia? Se não estivessem afazeres profissionais seria um caos diabólico, tê-las sempre a meu lado, como se fossem animais de estimação...!

 

Tratarem de mim, quando ainda sou autónomo e independente? Seria o cúmulo de uma exigência esclavagista por parte de quem nunca desejou ser escravizado...!

E..., quando chegar a altura de ter que optar pela assistência de terceiros, então recorrerei aos Serviços especializados, de Organizações Filantrópicas, dedicadas ao apoio domiciliário, às pessoas que estão a viver sozinhas.

 

Ah, mas assim vives em solidão, argumentarão todos aqueles que me leem!

Se observarmos bem as coisas, intelectualmente estou sempre ocupado como nos ensinam as boas regras sanitárias, para se retardarem os efeitos Alzheimer.

Gosto de ler, quem como eu, também gosta de escrever na Internet sem estar atado, nem atido, aos rodriguinhos da língua portuguesa, mas que gosta de se fazer entender, passar com simplicidade, em poucas palavras, a positividade da sua experiencia de vida, para que outros, possam olhar-se bem melhor, sair do casulo dos seus medos, daquilo a que sempre chamei, de socialmente incorreto...!

 

Gosto de sair à rua, olhar tudo aquilo que me rodeia, como quem olha um lindo Ser Humano, que gosta de se cuidar, por se sentir bem assim!

 

Gosto de usar a minha maquineta de fotografia digital porque, a maioria das vezes, deparo com coisas diferentes, que me chamam à realidade de tudo aquilo que me rodeia, me desperta aquele saboroso prazer, de poder fixar em imagens, certas nuances da Mãe Natureza, publica-las, sem fins lucrativos, pela pura alegria de antever, o prazer de outros, que olharão as fotografias, saboreando-as, despertando, em todos eles, a vontade de fazer igual, ou mesmo bem melhor...!

 

Gosto de tratar de mim. Gosto de me mimar, comprando algo, de acordo com a minha bolsa, que me possa fazer sentir retumbante, nem que seja uma flor, colhida na berma do caminho de casa!

Gosto de usar roupas largas, nunca desejei sentir-me espartilhado.

Gosto de caminhar.

Gosto de escrever.

Gosto de fotografar.

Gosto de palrar.

Gosto de cumprimentar, quem re-encontro, nas minhas caminhadas diários.

Gosto de olhar uma criança de colo.

Gosto de observar os jovens, recordar-me de que também o fui, mas demasiado contido, em relação à atualidade, porque era assim naquela altura.

Gosto de cozinhar os meus pratos favoritos, e quando faço a mais, gosto de os partilhar com os vizinhos mais chegados.

Gosto de olhar uma bonita mulher, bem feita, mais nova que eu, pensar para com os meus botões, que se fosse mais novo, não hesitaria em namorar com ela, até me fartar, nem que fosse por um dia...

Gosto de poder não gostar, mas gosto bem mais de gostar com prazer!

 

A minha Vida nunca foi Solidão, porque sempre me deliciei, com este meu doce dom, de poder estar assim na Vida, sem me desligar de tudo, de todos aqueles, da minha estima, a quem telefono com regularidade, com quem converso, em certas e determinadas tertúlias.

 

Nunca nutri indiferença pelo meu semelhante, pelos vizinhos, pelos companheiros de jornada, pelos amigos, pelos filhos, pela mãe das minhas filhas; importante, acima de tudo, é que haja reciprocidade.

 

Se esse estado de alma não existir, então há que os entender, sem os recriminar, porque será com o meu exemplo, que os farei saltar da sua indiferença, para se sentirem positivos, para poderem fazer-se sentir bem mais felizes, quiçá transmitir, aos que os rodeiam, essa tal Felicidade.

 

Jamais gostei de saber de alguém, naquilo que, por motivos obviamente sãos, nunca me interessou saber.

 

Opções de Vida, sem nos negativarmos, deveria ser ensinado, desde o berço, como se ensina a utilizar o prato, a colher, o garfo, e a faca, para comer, sem sujar as mãos, nem as pontas dos dedos...!

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-17

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 12:15
sinto-me: feliz assim...!!!

15
Fev 11

 

E porque não uma Grande Campanha...

 

Mas daquelas Campanhas bem condimentadas

Uma grande Campanha a relembrar os Velhos

Uma Campanha contra o Abandono dos Idosos

Nota-se um silêncio sepulcral demasiado óbvio

Porque os Velhos são um Peso Social

São um peso para as Famílias

São um peso para os descendentes

São um peso para o Estado Democrático

Os Velhos causam asco

Os velhos jamais deveriam existir

Ah atinei agora

Porque razões democráticas e modernas

Existem velhos atirados para o Vale do Esquecimento

Mas estou a ser sonhador

Se existem crianças abandonadas recolhidas em Lares

Esperando serem adotadas

Porque não meter todos os Velhos em Lares Sociais

À espera de serem adotados por gente humana e Carinhosa

Porque não fazer como no Jardim Zoológico com os Animais

Adotar um Velhote qualquer e torná-lo uma Mascote

Para poder ter carinhos quiçá mais afetos e pança cheia

Oh Deus ... Porra ... Para que me fizeste Homem e não Animal

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-15

 

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:18
sinto-me: a alertar-vos...!!!

 

Ambiopes e Cegos - Sistema pioneiro de controlo e informação ao cliente

 

Tendo em conta as muitas dificuldades que as pessoas com deficiência visual ainda enfrentam no acesso aos transportes públicos, a Rodoviária de Lisboa (RL) desenvolveu um sistema de informação sonora, instalado a bordo dos autocarros e junto a algumas paragens, aliado ao aproveitamento da energia solar, que melhora as acessibilidades.

Foi o contacto com a ssociação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que motivou a introdução do sistema sonoro no interior e no exterior dos autocarros, com informações acerca do destino, percurso e tempo de espera.

"Temos imensa dificuldade em diferenciar um autocarro de um pesado quando estamos numa paragem", terão dito vários membros da ACAPO numa reunião com a RL, conta Silvina Pedroso, coordenadora do SICTR, ao Boas Notícias.

Estas reuniões foram, aliás, realizadas com alguma frequência, uma vez que o feedback da ACAPO é valioso na melhoria dos serviços aos cegos e amblíopes (pessoas com baixa visão). "Nós temos conhecimento, não só através da nossa experiência pessoal enquanto pessoas com deficiência visual, mas também na vertente técnica", realça Ruben Portinha, um dos membros da instituição.

Daí resultou também a produção de um dispositivo portátil que, ao ser acionado junto dos painéis informativos instalados em algumas das paragens da RL, permite ouvir quanto tempo falta para a chegada dos autocarros cujo percurso passe por aquele ponto. A ideia é que o comando seja distribuído mediante o pagamento de uma caução simbólica a ser restituída aquando da devolução do aparelho.



Sistema pioneiro de controlo e informação ao cliente


Estas são as evoluções mais recentes do pioneiro Sistema de Informação ao Cliente em Tempo Real (SICTR), como é designado, desenvolvido em 1997. A RL era, então, a única transportadora nacional a utilizar tecnologia GPS (Sistema de Posicionamento Global, em português), para controlar toda a frota de viaturas em tempo real.

O SICTR, que integra o sistema de Gestão Operacional da Frota, permite à RL localizar todos os seus veículos, identificar atrasos, e ainda identificar os respetivos motoristas e contactá-los através de SMS ou de chamada telefónica. O sistema tem ainda um equipamento de registo de imagens vídeo nos veículos e uma opção de alarme que pode ser acionado pelos motoristas em caso de emergência.

Parte deste sistema da rodoviária - como os painéis informativos das paragens - é já suportado por energia solar. O SICTR favorece, assim, a inclusão dos utentes com limitações sensoriais, a sustentabilidade energética da rede e o controlo em tempo real de toda a sua frota.

 

Transcrição

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 11:25
sinto-me: a dar-vos boas noticias...!!!

14
Fev 11

 

O mêdo de Morrer sozinho...

 

Tanto se especula com este facto

Fazendo-nos crer que é mesmo horrível

Só quem como eu

Por já ter sido acometido por doença súbita

Pode avaliar do sofrimento

Sim é verdade

Um problema cardíaco fez com que desmaiasse

Não sei por quanto tempo fiquei naquele estado

Fui acordando aos poucos

Corpo dormente e gelado

Cara e mãos da mesma forma

A pouco e pouco fui vendo que ainda existia

Minha pele parecia grossa e como cortiça

Mexia os olhos

Cansado pensava apenas em mim

Uma voz dentro de mim soou

Ordenando-me para que não entrasse em pânico

Voltei-me de barriga para baixo

Rastejei até ao meu quarto

A custo subi para a cama

Onde do intenso frio me resguardei

Meu corpo começo aquecer lentamente

Senti-me seguro e adormeci

Já o sol passara pelo zénite

Quando acordei lentamente

Todo o meu corpo doía principalmente o peito

Fui tomando consciência do que deveria fazer

(... ...)

 Já na cama do hospital fui pensando no acontecido

Confesso que se tivesse morrido

Nem dor corporal teria sentido

Minha Alma estaria já do outro Lado

Meu corpo permaneceria apodrecendo no chão da sala

Até que alguém conta se desse...

(... ...)

Pelos relatos dos média perante estes casos

Sofre mais quem cá fica do que os que morrem sós

Sofrem mais porquê?!

Com o medo da Morte em Solidão

São desmesurados nas suas imaginações doentias

Pensado erradamente que morrendo acompanhado

Seja por quem for

O Sofrimento deixa de existir

Oh santinhos

Acordem para a Vida e deixem de ser medrosos

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-14

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:19
sinto-me: que nunca houve que ter mêdo!

11
Fev 11

 

Para onde vamos afinal...

 

Quando deixam alguns velhos

Ao abandono constante

Até que a Morte os leve

Os velhos deixam de gritar

Porque ficam sem voz

Por tantos Afetos pedirem

Porque foram votados ao abandono

Por quem deles recebeu Vida

Deus

Com a sua providencial Sabedoria

Também ficou de pés e mãos atados

Porque os bons desígnios de Deus só se atingem

Quando os Humanos a isso se propuserem

 

Marcolino Duarte Osório 

- Peregrino -

2011-02-11

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:39
sinto-me: que Deus já não tem mão neles!

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