31
Mai 11

 

Gerações da Violência...

 

Acordei manhã cedinho

A Alvorada estava de abalada

O céu predominantemente azulão

Não conseguia fazer-me receber sua Paz

Porque me sentia assombrado

Porque me sentia vulnerabilizado

Com tanta violência à minha volta

Violência no masculino

Violência no feminino

Violência já instalada violência alicerçada

Violência não imberbe

Violência em Vasos Comunicantes

Violência semeada de ódios de morte

Onde só a semente do amor deveria existir

Violência Arrogante das cegueiras da Arrogância

Violência verbal violência continuada

Violência do Silêncio como o da Morte o é

Violência da indiferença violência do abandono

Juventude violenta novos fazedores de guerras

Matam-nos com a frivolidade da sua violência

Suicidam-se violentamente os de menor violência

Porque os restantes só na violência se conseguem impor

Quem deseja ser feliz rechaçado será violentamente

Como fico eu perante tudo isto pergunto-me

Entrego-me nas Doces Mãos de deus

Peço-lhe para não me deixar envolver pelos açougues

Que de gadanha em riste buscam violentamente

Os que não deixaram  de Cultivar a Paz a Partilha e o Amor

Para que deles nem suas memórias se consigam perpetuar

Gerações da Violência imperam a olhos vistos

A pouco e pouco as gerações do Peace and Love

As Baladas de Amor os afagos de carinho e os Afetos

Serão estórias perdidas na História do evoluir dos tempos

Gerações da violência nem conta se dão quão violentos são

Mas existirão muitos que a esses tais Seres violentos

Sem medo que sejam violentos os Amem sempre

Porque até um que faz gáudio da sua violência deve ser amado

Um dia Cristo disse: Saulo..., Saulo..., porquê a nós queres tirar a vida

Assim Saulo deixou de ser violento e Batizou Jesus de Nazareth

Nas doces e mansas águas do Rio Jordão

Os novos Violentos serão os Saulos do Futuro

Que a tal de Paz trarão de novo a este Mundo conturbado por sem rumo

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-31

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 23:34
sinto-me: que os violentos merecem amor!

28
Mai 11

 

Ser Feliz...

 

Foi coisa que sempre desejei

Foi coisa que sempre a Deus exigi

Normalmente desesperadamente

Nunca com Bonança Espiritual

Chorava convulsivamente

Arranhava-me todo

Espolinhava-me

Berrava com Ele desalmadamente

Até ficar exausto

Deus Sabiamente Paciente

Deixava-me exibir assim  perante Ele

Naqueles preparos

Ele nunca se cansava

De me ver tão longe da Realidade

Eu desesperava pensando que Ele não me ligava

Um dia senti-me diferente

Parei de asneirar e pus-me manso à fala com Ele

Sabiamente e Pacientemente questionou-me

Queres mesmo ser Feliz

Sim meu Amo e Senhor eu quero ser Feliz

Já alguma vez imaginaste o que é ser Feliz

Sim ... é ter tudo o que é bom é sentir que nada me falta

Queres mesmo que te conceda o Dom da felicidade

Sim ... meu Amo e Senhor

Disse-Lhe de alma plena de Alegria e Exaltação

Olha que te concedo esse Dom mas depois não te queixes

Se me concederes esse Dom vou queixar-me de quê...

Estás preparado

Sim Meu Amo e Senhor

Então fecha teus olhos inspira e expira tranquilamente

Não sei quanto tempo se passou mas algo me havia acontecido

De bem diferente

Como te sentes agora questionou-me tranquilamente

Não Te sei dizer lá muito bem

O certo é que à minha volta nada mudou

Não deixei de ser pobre nem em rico me tornei

O Mundo continua a girar como dantes com as suas nuances

As pessoas não deixaram de ser as mesmas

Os problemas continuam a existir

As soluções apresentam-se-me bem mais lúcidas

Aí interrompeu-me com a Sua Sabedoria

Olha bem para dentro de ti mas tranquilamente disse-me Ele

Parei de argumentar para dentro de mim bem olhar

Com a Alma plena de alegria dei-me conta

Que havia deixado de ter medo de enfrentar tudo à minha volta

Porque tudo continuou na mesma

Só que em mim Ele fez mudar algo que me faz olhar

As pessoas e as coisas

A Pobreza e a riqueza

A saúde e a doença

As Junções e os Abandonos

Todos os condimentos da Vida

O frio e o calor

A fome e a fartura

Quer perca quer ganhe

Com Toda a Sua Humildade

Que eternamente Feliz me faz Sentir

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-28

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 06:18
sinto-me: Feliz...!!!

27
Mai 11

 

Agarrados  ao Passado...

 

Agarrados ao Passado

Quem não o anda

Vá lá não sejamos mentirosos

Para quê pergunto-me eu

Quando as coisas do passado

Já foram Futuro tornaram-se Presente

E passaram lá para trás para o tal Passado

Todos nós vivemos agarrados ao passado

Seja ele qual for

Se tiver sido belo lindo inigualável

Anula a Beleza do Presente para sempre

Se foi difícil doloroso e tsunâmico

Jamais nos deixa saborear toda calmaria

Que vem sempre depois de um tempo mau

Teimamos viver sempre agarrados ao passado

Como se tábua de salvação o seja

Perdeu-se o cônjuge

Por morte ou por divórcio

Enquanto vivermos agarrados ao passado cônjuge

Ou nunca mais arranjamos outro para amar

Ou se o arranjarmos dar-lhe-emos mau viver

Porque o comparamos sempre com o já passado

Por divinal que o presente o seja

Agarrados ao Passado

Para quê não desejarmos ser felizes

Ao menos uma vez na Vida...!

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-27

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 10:35
sinto-me: feliz...!!!

24
Mai 11

 

Poeta Boémio...

 

Poeta Boémio

Boémio poeta acorda lá

Dessa longa noite de fados

E vem ter connosco dias a fio

Para conversar e fazer versos

Versos às mesas dos cafés

Pelos bancos dos jardins

Nas paragens de autocarros

Pelos lindos miradouros

Das cidades onde vagabundeias

Sem cansado nunca ficares

Poeta boémio

Boémio poeta pés a caminho

Para com outros poetas

Todos os fados se apagarem

E mil sorrisos despertarem

Para que este mundo inolvidável

Só de rostos felizes se cubra

Sem sulcos de amargas lágrimas

Nem rosas castanhas por secarem

Sentadas às esquinas dos Tempos

Dos Tempos de um Tempo já finado

Cremado por passado em sofrimento

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-24

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:12
sinto-me: com coração de poeta...!

22
Mai 11

O local desta minha recordação, com 8 anos de idade, era ao

longo deste grande muro, dentro de água na baixa-mar que eu

fazia o caminho da Escola Pedro Elexandrino a té minha casa.

«Imagem recolhida na nete»

 

Da Escola Pedro Alexandrino até minha casa...

 

Da Escola Pedro Alexandrino até minha casa

Era uma paródia pelo caminho mesmo indo sozinho

Mal acabavam as aulas eram horas de se almoçar

Descia até à baía quando estava baixa-mar

Sandálias atadas uma à outra em volta do meu pecocito

A sacola de pano azul  com um nó na grande pega

Encurtada para quando me debruçasse não ficasse molhada

Quem bom que era depois de uma intensa manhã de aulas

Poder andar a chapinhar pelas cristalinas mornas águas

Onde me esquecia por completo do bê-à-bá e das frações

Chapinhava com o imenso prazer de amar a mãe Natureza

Queria muito ver os peixinhos prateadinhos pequeninitos

Ali mesmo em volta dos meus pezitos senti-los de verdade

Parecia que me picavam a pele dos pés saudando-me assim

Quando era época da sardinha oh Céus então era uma farra

O Sarrajão atacava as sardinhas que fugiam para terra

Então eu muito nervoso para não perder uma única sardinha

Do meu chapéu de palha fazia cesto para apanhar sardinhas

Trepava de novo o muro da baía e corria para casa

Moravamos no bairro do C.F.B. da Igreja da Arrábida

A família já estava à mesa muito agastada com o meu atraso

Ingenuamente entrava sala adentro descalço e desalinhado

Chapéu de palha pingando água salgada para o chão

E com muita risada de alegria mostrava um montão de sardinhas vivas

Que de tão vivas estarem saltavam para cima da mesa e para o chão

Perante tanta alegria e ingenuidade meus pais calavam-se

Minha mãezinha dava-me um beijo e mandava-me lavar as mãos

Ou melhor dizendo tomar banho da cabeça aos pés

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-22

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 07:51
sinto-me: saudavelmente feliz...!!!

21
Mai 11

 

Um fim de semana ... lá muito longe...

 

Um fim de semana ... lá muito longe

Bem longe de Portugal

Bem dentro da minha terra natal

Acordava manhã cedinho

De calções mais que usados

Descalço e sem camiseta

Ia buscar as minhas linhas de pesca

Um balde de zinco

Enfiava na cabecita meu velho chapéu de palha

Corria da porta de casa para a praia

Empurrava meu barco de bimba para a água

Entrava satisfeito da vida

E remava até junto ao farol da barra da baía

O sol subia no céu azul

O calor começava apertar

Ia molhando as costas com a água do mar

E quando o calor era demais entrava de mergulho

Nas águas cristalinas e frescas da Baía do Lobito

As horas iam passando

Os  peixes pescados com linha e anzol

Saltitavam dentro do balde de zinco

Quando o Sol estava quase na sua casa mais alta

Arrumava meus apetrechos de pesca

Dava mais um mergulho para refrescar

Pegava nos remos e remava de novo até a minha praia

Vinha sempre alguém ajudar a por o barco em seco

Minha mãe esperava na porta do quintal do mar

Com ar meio preocupado

Mas quando me via contente e sorridente

Aos pulos com o balde de zinco mais pesado que eu

Me perguntava

Que apanhaste hoje

Mãezinha pesquei Roncador, Garoupa e 2 Pargos Mulatos

Mamãe me abraçava beijava meu rosto de menino

Dizia preocupada

Ai o meu menino que está quente demais e cheio de sal

Já dentro do nosso quintal abria a mangueira da água doce

Tomava um banho com sabão de lavar a roupa

Vestia um calção seco e uma camiseta lavadinha

Ia trepar naquela Acácia Rubra bem grande

Ficava por lá a sonhar que era o Tarzan dos filmes

Quase que adormecia deitado sobre um dos ramos

Estava cansadito e com muita fomeca por causa da pesca

Peregrinito vem para a mesa que o teu pai já lá está

Descia num ápice e corria até à mesa de almoçar

Beijava meu paisocas ele retribuía com ar maroto

Uma vez sentados meu Pai me perguntava preocupado

Para onde foste pescar

Para a boia da entrada da baia

Aí é muito perigoso

Mas pai hoje estava a dar Pargo Mulato que tanto gostas

Viste algum Tubarão

Com sorriso lhe dizia

Não ... nem um

Estavam todos na Missa da Senhora da Arrábida

Tem cautela contigo que a tua carne é tenrinha...

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-21

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 09:21
sinto-me: feliz...!!!

20
Mai 11

Imagem recolhida na Internete

 

 

Dei comigo a pensar...

 

Dei comigo a pensar, o que me levou a olhar lá para trás, rememorando que, desde muito jovem, fui sempre dado ao benfazer.

Ainda no final do Liceu, na Póvoa do Varzim, pertenci, como voluntário, à JOC. onde vi dramas humanos, tão disformes, que me assustaram, mas serviram para me ajudar amadurar os meus verdes anos.

Volvidos pouco mais de 50 anos, os mesmíssimos dramas, vestidos de roupagens mais modernas, teimam em continuar a existir. Ainda hoje continuam a existir pobres, a pedir por necessidade, porta a porta, em que o excesso que angariam, é partilhado, com outros pobres, do seu ghetto, porque esses novos pobres, do mesmo ghetto, muito a custo estão a perder a vergonha de dar a cara, para ir pedir auxilio médico/alimentar. Aí aprendi o que era saber Partilhar.

Vi alcoólicos inveterados que, em vez de aceitarem os bens perecíveis que lhes levávamos para a sua alimentação, e da do seu agregado familiar, atirarem-se contra nós, jovens imberbes, com palavras e atos, porque não lhes levávamos nem vinho, nem dinheiro; vinho para continuarem entorpecidos, adormecidos, para não verem, nem sentirem, no espírito e na carne, os seus dramas do desemprego.

Muitos anos mais tarde, fui convidado a ingressar num dos primeiros movimentos, em Lisboa, de apoio aos Sem Abrigo. Eram noites inteiras no voluntariado de auxilio a quem padecia ao relento, jovens e velhos. Quantas e quantas vezes dei as minhas sandes, para quem imensa fome tinha. De poucos passamos a muitos, assim já nos podíamos revezar convenientemente, fazer por nós nos nossos empregos, com menor esforço.

Mais tarde convidaram-me para ingressar num grupo de visitadores voluntários de uma das cadeias civis de Lisboa. Confesso que, esta fase de abordagem a um social bem diferente do meu, me custou deveras. Felizmente que foi curta. Os dramas sociais, bem diferentes, de todos os outros dramas, eram infindos, e a inerente violência psicológica, era desmesurada.

Por mero acaso, numa fortuita ocasião social, surgiu por parte de dois antigos amigos, o convite formal, para ingressar num grupo de Seniores, como visitador Voluntário a Doentes Terminais, do foro Oncológico.

Ainda hoje, não obstante a minha falta de visão, reduzida em 85%, e os achaques próprios, de um corpo de um antigo desportista federado, voluntariosamente teimo em doar-me, uma vez por semana, a todos aqueles que necessitam de se sorrir, de se distrair, no meio dos seus dolorosos males.

É uma enorme felicidade interior, conseguir que alguém, sofrendo de dores físicas, com medo de morrer, se sorria para mim, só porque lhe disse algo propicio, que o fez sorrir-se assim!

Então, em recolhimento, digo cá para comigo: Já ganhei o dia, tornei o medo deste ser humano, menos medo, a sua solidão bem menos solidão, e as suas dores físicas quase esquecidas...!

Descrevo-vos isto porque, o social, desde o pós-guerra, refiro-me à 2ª guerra mundial, tem-se tornado cada vez mais gélido, continuamos a fomentar a existência dos modernos Vale dos Leprosos, para onde são lançados, compulsivamente, esses pobres seres humanos.

Quanto Vale de Leprosos, lotados com Velhos Abandonados, proliferam por aí, porque os seres humanos, de tão desumanizados que se tornaram, com o maquiavélico odor do consumismo egoísta, em vez de se harmonizarem espiritualmente, tornam-se cada vez mais, muitíssimo mais, frios, carrascos, calculistas, exímios assassinos por falta de solidariedade, ao lançarem os seus familiares, os seus próximos, ao Mundo da Morte certa, sem os ajudarem com alimentos e medicamentos, exibindo-se principescamente, num mundo em que os ideais Cristãos, foram escondidos, estão esquecidos, por terem deixado de ter terreno propício para crescer.

Quase que comparo este desmando, tão desumano, a um pedaço de terra, outrora arável, onde hoje, perante este tsunami destruidor de sentimentos, de vidas humanas, nem a  planta do tremoço consegue medrar...

Já foram provocadas mortes e feridos em quantidade suficiente, para se parar definitivamente porque, desejo eu, tenham servido de lição, a todos nós, ou será que, os que ainda hoje nos matam, os que matam os seus familiares, com os seus desafetos, só pararão, quando ficarem cadáveres, nos seus luxuosos apartamentos, por morte súbita, e só dali a meses, quiçá anos, serem encontrados os restos fétidos, de quem a outros matou da mesmíssima forma...?!

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-20

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 14:35
sinto-me: bem feliz

18
Mai 11

 

Esta noite sonhei bom...

 

Esta noite sonhei bom

Sonhei com a minha terra

Sonhei que tinha chegado lá

Depois de muitos anos fora

Senti forte no meu nariz

O doce cheiro das pessoas

Ouvi forte nos meus ouvidos

Suas conversas de exclamações

Sentei na mesa com eles

Comi com as mãos braquelas

Fuba

Galinha

Óleo de dendê

Quiabos

Bebi Catembe

Me deram um pedaço de ananás

Levantei da mesa do quintal

Fui na loja do musseque beber café

Fumei um coche de liamba

Ri e falei com os meus irmãos

Cada vez mais arto

Porque cada um se queria fazer ouvir

Todos tinham direito de falar e preguntar

Aquele barulho ainda era muito pra meus ouvidos

Lhes disse adeus

Ouvi suas risadas de alegria

Com parmadas amigas nas minhas costas

Entrei na minha casota

Pequenita mas grande de amor

Amor da minha doce mulata a minha espera

Já fazia tempo de mais

Seu sorriso grande estava ali a minha espera

Não precisava falar seus olhos redondos diziam tudo

Seu corpo magro estava ali me convidando

Seus peitos com vontade de inchar

Quebravam barreiras das idades pra filho fazer

Nossos cheiros se misturaram

Nossos beijos cobriam nossos corpos sem parar

Com saudade de fazer muito amor

Nossos corpos se molharam e se cansaram

Ficamos ali juntinho um ao outro

Ela dormindo no meu peito

Eu sentindo sua moleza da sua entrega por amor

Ela cada vez estava mais agarrada a mim

Quem dizia que eu era já velho

Ela gritava de força toda

Sim ele é velho ... mas é o meu velho

Seus merdas...

O velho que eu amo o pai do meu filho

Chegava-a para mim ternamente

Afagava-lhe aquela barrigona grande demais

O nené sentia minha mão ... a mão do seu pai

Se mexia tranquilamente de contentamento

A minha amada a Maria Pequena

Segredava-me sorrindo

Este vai ser iguarzinho a ti

Ele vai ser malandro como tu...

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-18

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 04:27
sinto-me: bem feliz

17
Mai 11

 

 

Esta noite falei com Deus...

 

Esta noite falei com Deus

Porque me viu preocupado

Mais do que isso

Achou-me invulgarmente triste

Perguntou-me porque assim estava

Chorei-lhe dos meus amores impossíveis

Suspirou lentamente

Olhou-me olhos nos olhos

Envolveu-me com o seu doce abraço

E disse-me

Meu querido Peregrino

Ele há milagres que jamais poderei operar

Porque só os aceitarão de vontade aberta

Todos aqueles que a isso estiverem predispostos

Vamos lá por partes

Será que estas a amar quem amar não te deseja

Solucei-lhe que sim

Então meu Bom Homem

Coloca-te no lugar de quem amar não te quer

E olha bem o sofrimento que lhe vai na Alma

Sofrimento também espelhado no seu doce rosto

Medita bem se desejavas sentir-te desta forma

Sofrer porque te querem obrigar ao que não desejas

Um forte arrepio percorreu meu velho corpo

Senti-me mal da cabeça aos pés

Meu corpo estremeceu do novo

Sacudido fortemente pelo sentimento da rejeição

Agarrei-me a Ele e pedi-lhe então para me ajudar

Que fizesse em mim o Milagre do Amor Verdadeiro

Sabes o que me estás a pedir questionou-me

Não sei mas pressinto que seja o melhor para mim

Vou dar-te o Dom de te amares acima de tudo e todos

Amando-te assim desta forma Divina

Jamais voltarás a sentir vontade de amar

Quem amor não sente por ti

Sentir-te-ás um bem amado por ti mesmo

A tal ponto isso te acontecerá

Que de bens e pessoas jamais necessidade voltarás a sentir

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-17

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 05:46
sinto-me: de coração pleno de felicidade

13
Mai 11

 Imagem recolhina na Internete

 

O Teu Amor...

 

O Teu Amor

É um Amor sem barreiras

Gosta de ser assim

Prefere amar a desprezar

O Teu Amor não me faz cócegas

Só porque me sorrio quando te vejo

O Teu Amor é um Estado de Alma Puro

Em meus olhos se secam as amargas lágrimas

 O meu semblante se adoça

O Teu Amor

De Teus lábios palavras sãs fazem brotar

Teus abraços com Amor meu corpo envolve

Tuas doces mãos meu rosto triste afagam

Deixando-o numa só passagem sereno e seguro

O Teu Amor

Torna Teu cristalino olhar em fonte de Inteligência Pura

A outros olhares amainam e à razão chamam

Sem uma única palavra pronunciares

O Teu Amor

É uma Dádiva de Deus

Que quem o obteve concedida por Ele

Não pode usa-lo como moeda de troca

No dia em que começa a dar a alguém

A esse Ser Humano Deus não permite que se lho retire

Porque o Amor Dádiva de Deus nunca foi You-you

Brinquedo de vai e vem até sua corda se partir

O Teu Amor

Para sempre tem que ser sereno e bem direcionado

Quando não transforma-se em feroz boomerang

Esta Dádiva de Deus não escolhe gente

É de todos e para todos

Para que todos se sintam ainda mais bem-amados

O Teu Amor

Não tem limites nem barreiras

É uma Fonte Inesgotável de Afetos e Benquerença

O Teu Amor

É infindo

Só Deus sabe porque tens medo de o dar

O Teu Amor

Não o partilhado com todos os Humanos

Trona-te a vida seca

Definha-te os Afetos

Rouba-te o sorriso

Sulca-te o rosto de rugas profundas e tristes

Embacia-te os olhos

Secam-se todas tuas lágrimas

Teu corpo adoece por falta de o dar a todos

Teu ser vira Infelicidade ambulante

Tua presença começa a ser indesejável

O Teu Amor

A todos que te rodeiam

É como o Ar que respiras diariamente

Mesmo a dormir

O Teu Amor

Sente-se como uma Aura plena de felicidade

Que te traz a Benquerença

Que aos outros os anima como Bem-Amados

O Teu Amor...

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-05-13

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 06:33
sinto-me: um bem-amado

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