29
Jun 12

 

Recordando…

 

Recordando

Sonho concretizado

De quando era menino

Fui crescendo

Sempre alimentando o meu sonho

Para o concretizar

Ia juntando moeda a moeda

Todas as moedinhas que me davam

Umas com sorriso prazenteiro

Outras com o vê lá como o vais usar

Pacientemente lá fui juntando

Mas de ano para ano com a inflação

O sonho ia tornando-se cada mais caro

Não desistia continuava a juntar

Até foi chegado o dia

Fui até à loja Biagio Flora

Aprecei os comboios mais baratos

E lá trouxe comigo o meu sonho de menino

Levou anos e anos a concretizá-lo

Quantas vezes vacilei já nem sei

Mas quando cheguei a casa

Montei o meu comboio Marklin

Três carruagens e uma pequenina locomotiva

Deliciei-me vezes sem conta com ele

Até que acabei por o guardar novamente na caixa

Quando abro o meu armário

Dos sonhos concretizados

Verifico que ainda tenho alguns para lhes dar corpo

Digo cá de mim para mim

Ser Peregrino é saber ser paciente mas com Fé

Crente de que tudo será concretizado na devida altura

 Há sonhos difíceis

Mas se formos razoáveis

Peregrinamente fieis a nós próprios

Serão sonhos que em realidades se transformarão

Sem pressas desmotivadoras

Crentes que para lá da linha do horizonte

Há realidades escondidas

Quantas delas serão as nossas concretizações

Desde que jamais percamos a nossa Fé

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-06-29

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 13:52
sinto-me: com quase tudo concretizado...
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23
Jun 12

 

Abracei-te…

 

Abracei-te

Abracei-te hoje

Abracei-te tranquilamente

Abracei-te com todo o meu prazer

Abraçar-te soube-me muitíssimo bem

Abraçar-te foi aconchego mútuo

Abraçar-te com ternura foi tranquilizante

Abraçar-te sem te magoar foi natural

Ao meu ouvido segredaste serenamente

Abracemo-nos eternamente assim

Olhamo-nos olhos nos olhos

Verdadeiros

Sorrimo-nos com prazer

Sentindo nossos dois abraços sinceros

Como se de um verdadeiro e eterno abraço

Se tratasse

Olhavas fixamente para mim

Senti-te afrouxar o teu abraço

Desfaleceste

Fortaleci meu abraço cingindo-me mais a ti

Tua cabeça tornou-se pendente

Teu corpo se amoleceu e do meu se desfez

Não chorei porque em testamento mo pediste

Não quebrei porque finalmente me recordaste

Que se nos cumprimentássemos

Com um doce abraço no nosso dia-a-dia

Desde a aurora até sol-pôr

 O Mundo seria um Grande Abraço

O Mundo seria bem melhor

Abraçando-me

Abraçando-me hoje

Abraçando-me tranquilamente

Abraçando-me com todo o teu prazer

Abraçaste-me…

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-06-23

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 23:12
sinto-me: abraçar-vos...!!!

11
Jun 12

 

Amizade…

 

A verdadeira Amizade

É aquela a quem os ventos não levam

E certas distâncias jamais separam

E o Senhor Tempo jamais apaga

Das minhas grandes Amizades

Recordo essa grande Amizade

Desde que eramos pequenitos

Até aos dias de hoje

Existia entre nós grande cumplicidade

Para além de uma saudável alegria

Além de nos respeitarmos

Fomos sempre solidários

Uma teve que partir deste mundo

Fez-me sentir que havia perdido algo

Fez-me sentir ainda mais só

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-06-11

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:32
sinto-me: triste!
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05
Jun 12

 

Alentejo…

 

Alentejo

Planícies imensas

Douradas pelo cáustico Sol

Que de Verão

Queima a tez do seu povo trabalhador

Que de Inverno

Não chega para aquecer as suas carnes

Que de Primavera

Os iludem com Sol de brando aquecer

Diariamente dobrados de foice em punho

Mondando as ervas daninhas do seu bom Trigo

Os solidarizam diariamente nas noites geladas

Passadas ao relento corpos cansados e magros

Aconchegados uns aos outros resguardando-se

Num ganha-pão diário duro de roer

Que lhes dá a coragem de grandes Seres

Que lhes torna a mente arguta e o espirito manso

Solidários como a outros povos nunca se viu

Alentejo

Verdadeiro alfobre de gente inteligente

Nunca independentes por terem sido escravizados

Alentejo

Gente de bondade imensa

Gente de rosto sulcado de rugas de tanto sofrer

Gente de sorriso aberto

Onde não se distingue o sofrimento da sua alegria

Alentejo

Planície de um povo bravo e hospitaleiro

Amigo que protege o seu amigo

Qual sombra de chaparro nos dias de canícula

Alentejo

Terra de gentes solidárias

Terra de quem sabe querer parar de sofrer

Terra de quem luta pela sua liberdade

Terra de nómadas assalariados

Que tudo tratam mas nada de seu possuem

Que ao chorar de tanto sacrifício

Suas lágrimas secam antes de tocarem o solo

Alentejo

Planícies imensas pejadas de latifúndios

Povo escravo dos latifundiários

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-06-05

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:53
sinto-me: feliz!
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