Aos Coveiros da Saúde…
Aos Coveiros da Saúde
Vos dirijo a minha mensagem
Nasci naqueles velhos tempos
Onde a tuberculose grassava
Portugal quase deixou de existir
Tal foi a mortandade
Por falta de assistência medicamentosa
Logo vieram novos medicamentos
Para dizimar tal peste
Mas só os ricos e certos afilhados
Entre crianças novos e velhos
Deixariam de morrer
Uns atempadamente medicados
Outros devidamente vacinados
Os restantes seriam para morrer
Os tempos evoluíram
O Serviço Nacional de Saúde foi criado
Democráticos cuidados médicos surgiram
Depois veio este governo prenhe de dívidas
Sem imaginação para as poder pagar
Cogitaram em longas noites de insónia
Até que encontraram uma fórmula mágica
Ei-la senhores:
Vamos lá racionar os medicamentos
Para que só os ricos e certos afilhados
Entre crianças novos e velhos
Da lei da morte se libertem
Os restantes serão vítimas da Eutanásia
Mas Eutanásia autorizada pelo governo
Camuflada sob doce e pomposo nome:
Racionamento de medicamentos
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2012-09-29