É Fim-de-semana…
É Fim-de-semana
Oh mas que óptimo
Porque sou forreta de movimentos
Resolvi ir até aminha praia
Instalei-me na minha cabana
Resoluto a nada fazer
Levei um séquito de empregados
Para ser poupado e bem servido
A tarde estava de sol
Sol óptimo para manter o bronzeado
Da cabana à praia
O espaço a percorrer era grande
Meus escravos pressurosos
De liteira à beira-mar me levaram
Molhei os pés
A água estava de boa temperatura
Ondas não as havia
Caminhei serenamente até ao fundão
Deixei-me deslizar para o fundo
Feliz e descontraído vim à tona de água
Afastei-me com meia dúzia de braçadas
Parei
Estava tudo tão camo à minha volta
Que a vontade de regressar não me assistia
Sentia-me melhor que nunca
Desejava eternizar aquele momento
Mas não podia ser
O sol lá longe no horizonte mergulhava
Como se de uma bola de fogo se tratasse
O doce azul do céu ia escurecendo
Dei meia volta e regressei a terra
Dispensei a liteira e meus escravos
Pisando as finas areias
Ia pensando no jantar que me aguardava
Não vos conto mais nada
É fim-de-semana
Oh mas que óptimo
Porque sou forreta de movimentos
Apenas vos recomento
Divirtam-se puxem pela imaginação…
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2012-10-06