Um adeus que me custou demais…
Um adeus que me custou demais
Foi o que tive que dar
Lágrimas de saudade tive que conter
Por um velho amigo da minha idade
Nunca imaginei ter que o fazer
A um ser tão são e robusto
Porquê morrem
Aqueles de quem gostamos
Porquê morrem
Aqueles companheiros de longas jornadas
Que nos ajudaram e a quem ajudámos
Que nos escutaram e a quem escutámos
Que nos abraçaram e a quem abraçámos
Que comigo choraram
Pela partida de velhos amigos comuns
Um a um íamos vendo partir à nossa frente
Nunca desejando imaginar
Entre todas as velhas e sãs amizades
Qual de nós seria o próximo
Por cá fiquei vivendo um dia de cada vez
Sem amarras ao velho passado
Sem me amedrontar com o futuro que há-de vir
O futuro só a Deus assiste
O presente a mim assiste viver tranquilamente
De cada velha e longa amizade já partida
Dentro de mim guardo todas as recordações
Umas fazem com que me sorria
Outras dão-me que pensar
Um adeus que me custou demais
Foi o que tive que dar
A um velho amigo da minha idade
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2014-02-16