Acordei…
Acordei
Nesta bela madrugada
Sem saber o que fazer
Continuar a dormir
Era tarefa inglória
Para quem não tem sono algum
Levantei-me
Fui beber café com leite
Porque sentia fome
Entre o ir e não ir para a cama
Dei comigo por aqui a escrever
Minha cabeça comandava meus dedos
Que pousavam rápida e delicadamente
Pelo abecedário do teclado
Uma a uma as letras apareciam
Davam as suas boas vindas
Ao poeta sem sono
Letra a letra as palavras nasciam
Ditando corpo ao texto
Linha a linha agrupava-as
Saltava de linha para lhes dar vida
Pela mente surgia uma ideia
Que logo logo se instalava à minha frente
Que por ser pura
Era escrita numa folha digital
De branco vestida
Composta a ideia
Recomposto da insónia
Coloquei este texto na nete
Para que todos lessem nas entrelinhas
No que dá ocupar tempos livres
Com a liberdade de criar e escrever
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2014-03-05