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Out 09

O Ateu...

 
Observando melhor, e a frio, Saramago, concentrou atrás de si, uma poderosa máquina publicitária, que o faz vender uma imagem distorcida de si mesmo, a fim de garantir as vendas mínimas exigiveis, para a sua subsistência em Lanzarote, como escritor que tão bem sabe ser.
 
Ora bem, como estamos em época de crise financeira, ela atinge, além do povoléu, a quem, meia dúzia, impinge tudo e mais alguma coisa, para lhe sacar as massas, também toca aos colunáveis, principalmente ao Nobel, que vive da sua escrita, e têm que manter o seu status.
 
Igual a Camões, não existiu ainda outro. Camões, segundo as narrativas, morreu pobre e doente. Já Bocage, também, outros tantos, num desfilar de grandes nomes, à míngua também pereceram porque além dos tempos irem de mal a pior, a escrita nunca deu de comer a ninguém...
 
Porque raio de tradição nefasta, Saramago, este nosso Nobilíssimo concidadão, haveria também de morrer na miséria?!
 
A experiência diz-nos que, para se fazer face às crises económicas, há que ter engenho e arte, há que ser astuto, e há que tirar partido das diferenças.
 
Ir buscar, sobranceiramente, dinheiro, aos que o criticam no seu ateísmo primário, é digno de Nobel, é sinal de inteligência.
 
Os doutores, das leis das religiões, como hierarquias religiosas que são, ingenuamente, numa fracção de tempo muitíssimo curto, perderam a noção da força da máquina publicitária, com a sua vaidade ferida, deixaram-se espoliar pela publicidade astuta, quiçá enganosa.
 
O simpático Saramago, imigrante típico, da «mala de cartão», com a sua velha máquina publicitária bem oleada, astuciosamente, colecta aos lá fora, imigrantes como ele, uma espécie de «dízimo cultural» para a sua sobrevivência e, os cá de dentro, feitos papalvos, sequiosos de controvérsias de soalheiro extravagante, também dão o seu completo contributo comprando-lhe de barato, as suas obras literárias, assim apoiadas, com inteligência, e muitíssima astúcia, aplicáveis à psicologia de massas.
 
Ainda dizem que Deus não ajuda os Ateus…!
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-10-20
 
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 09:52
sinto-me: Satisfeito...!!!

Acho que Saramago não precisa desse tipo de publicidade para vender os s/livros. Desde que teve o prémio, os livros vendem-se por si. O que acontece é que ele se acha no direito de dizer o que pensa de forma crua e desrespeitosa. Tem muitas razões no que diz, não tem qualquer subtileza na forma como diz. E há os seus ressentimentos que devem ser às toneladas e as raivas e as desilusões e os paraísos perdidos. Ele é um homem religioso que fala de Deus dizendo que tem a certeza de que não existe, mas que o classifica como se existisse e se não entendesse com ele. As histórias que se contam na bíblia, em boa parte dela, são angustiantes, são exemplos de crueldade que já se não praticam no nosso tempo, não têm valor moral. Acho que o livro tem um grande mérito: o de levar-nos à reflexão. Provavelmente precisamos de escrever uma nova bíblia.
Zilda Cardoso a 26 de Outubro de 2009 às 20:36

Olá, Zilda!
Grato pela sua visita e pelo seu comentário tão elucidativo sobre o nosso Saramago!
Mesmo no final, a Zilda escreve, «Provavelmente precisamos de escrever uma nova bíblia.» e acrescento que deveria ser diferente cmo a última versão do Catecismo o é.
Marcolino

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