Destas minhas Janelas...
Aquilo que vejo
São paisagens diferentes
Belas
Sem artes escritas
Que as possam descrever
Ao saber
Ao sabor de alguém
Onde os perfumes da Mãe Natureza
São-no a meu gosto
Porque assim os cheiro
Porque assim os sinto
As suaves brisas de Verão
Espalham algures Pólenes
Umas vezes sopram fortes rajadas
Mas é apenas uma a duas horas
Em cada semana de mondas
Pelos Outonos
As folhagens desejadas verdes
De castanho dourado se vestem
Até que a última folha caia
Já os frios invernosos
Acinzentaram tudo o que fulgia
Antes das águas gelarem
Uma madrugada
Acorda-se com calor
Menos um cobertor na cama
Aqui e ali
Pequeninas folhas irrompem
Para o renascer das flores Primaveris
Destas minhas Janelas
É o ciclo das vidas naturalmente naturais
Que vejo nascer
Que vejo crescer
Que vejo refulgir
Que vejo enfraquecer
Que vejo no seu ocaso
Que vejo morrer para o seu passado
Porque as vidas humanas são cíclicas
Tal como as da Mãe Natureza
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2009-11-17