Lá fora chove...
Lá fora chove
Lá fora está de gelar
Não há Sol para me aquecer
Apenas um cobertor para me enrolar
Cobertor humedecido
Pelas lágrimas da minha gélida solidão
Faz-me sentir ainda mais frio
Faz-me recordar com saudade
Naqueles dias gelados
Ambos
Tu e eu
Encostadinhos um ao outro
Segredando-nos poemas de amor
Que nos davam alento e humano calor
Da minha vida já partiste
Por aqui ainda ando
Só
Triste
Vazio
Aguardando pela minha partida
Para a ti me juntar
Entretanto ao bom Deus perguntei
Porquê este meu sofrimento
Depois do Tempo do Tempo teu
Findado se havia
Respondeu-me pacientemente
Só daí partirás
Quando todas as tuas Recordações
Sofrer não te façam sentir
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-01-10