Graças recebidas...
Sentei-me à berma de uma Estrada
Máquina fotográfica a jeito
Sempre à espreita daquele momento
Momento dos momentos únicos
Olhei as copas das árvores
Despidas de folhas
Cujos ramos mais pareciam braços
Estendidos aos Céus
Como que lhes suplicando bonança
Este Inverno já leva trinta e cinco dias
Bastaram dois ou três dias mais amenos
Para que novas folhas se elevassem
Na ponta dos ramos
Dando-lhes aquela Graça do Renascimento
Dei comigo olhar-me interiormente
Buscando renascimentos
Vindos de Graças recebidas de Deus
Sorri-me enlevado
Por todas as Graças recebidas
Qualquer delas
Complementos de outras tantas Graças
Mas a maior Graça de todas as Graças
Foi achar-me um Ser Humano Realizado
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-01-26