A minha Escola foi...
Uma grande Fonte
Fonte de ideias vivas
Algumas delas
Já tornadas ideais
Outras
Nascidas a seu tempo modernas
Fruto de grande amadurecimento
Dando novos mundos
Aos nossos pequeninos mundos
A minha Escola
Nunca foi apenas um edifício
Era uma grande elite
Que outras elites formavam
Os professores tinham o seu mundo
Que aos alunos
Seus pequeninos mundos faziam crescer
Os professores eram respeitados
Porque ao respeito se sabiam dar
Familiaridades
Apenas em casa com os seus filhotes
Mesmo assim
O respeitinho era seu apanágio
Para nunca se demitirem de progenitores
Ser humano e exigente com os alunos
Nas suas amálgamas de identidades
Conduzindo-os pelas veredas da Sabedoria
Limando-lhes as arestas do entendimento
Isso era sempre seu dogma
Mas as tais familiaridades de amigo
Seria a sua demissão como pedagogos
Seria o fim do respeito recíproco
Seria um convite ao abandono escolar
Pela falta das tais fronteiras da Sabedoria
Que aos Sábios lhes dá a humildade
E aos preguiçosos apenas atrevida ignorância
Aquilo que foi a minha Escola
Desejava que ainda hoje continuasse vivo
Para que a Escola deixasse de ser
Um mega recreio de ignorância e maus hábitos
Onde nos recreios se multiplica a exclusão social
Pomposamente denominada de bullying entre ghettos
Os meninos serão sempre meninos sem crescer
Se aos seus professores com bullying tratarem
Seria tão bom que os meninos das Escolas de hoje
Bem diferentes desejassem ser
Deixariam de ser peritos de ignorância e maus hábitos
Passariam a ser o Futuro de um Amanhã Inteligente
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-09-13
