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Nov 10

 

Estou no Outono da Vida...

 

Plano traçado por Deus

Aos poucos esvaem-se-me as forças

Ontem pujantes

Aos poucos abrem-se-me sulcos na pele

Ontem lisa e luzidia

Aos poucos sou tomado pela Serenidade

Ontem impetuoso

Aos poucos alisam-se-me os músculos

Ontem fortes e bem torneados

Aos poucos meus olhos semicerram-se

Ontem olhos grandes e observadores

Aos poucos meu rosto se alegra mais

Ontem só de vez em quando ao sorrir

Aos poucos meu Ser se contrasta mais

Ontem infinito inquebrantável

Aos poucos torno-me mais e mais  cerebral

Ontem estava desligado do Espírito

Aos poucos vou encontrando nova Vida em mim

Ontem até nem nisto pensava

Aos poucos sinto-me mais próximo de Deus

Ontem até nem por isso...

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2010-11-12

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 19:40
sinto-me: muito feliz...!
tags:

Crescendo sempre meu amigo, e limando arestas, e ir sofrendo mutações, principalmente por dentro.
Tem mesmo que ser assim.
Quanto a ser o Outono da vida, ou não..
Ninguém o sabe.
Esta semana, um professor da escola do concelho ao lado, faleceu com 41 anos.
Inesperadamente.
A vida é uma fonte de surpresas meu amigo...
Bom fim de semana
Marta M
Marta M a 12 de Novembro de 2010 às 22:51

Olá, Marta!
Obrigado pela sua visita e por este seu comentário que, referindo-se a este seu colega falecido apenas com 41 anos, me fez ver melhor a longevidade dos meus antepassados do sexo masculino, e que se situa entre os 45 e os 76 anos.
Ora bem, até aqui, aos 68 anos, já cá cheguei, com mais ou menos percalços de saúde cá estarei diáriamente, a dar aos dedos neste belissimo teclado digital, para fazer como aquele velhote do Saldanha, o Senhor do Adeus, a saudar-vos com as minhas historietas em poesias desrimadas, quiçá fazer-vos sentir bem dispostos!
A Vida em si mesma, não a considero uma fonte de surpresas, mas as nossas vidas, individualmente, isso sim, leva-nos a descobrir em cada um de nós, mundos bem diferentes que, muita das vezes, jamais imaginámos existirem.
Resto de bom fim-de-semana, com um belissimo Domingo!
Abraço
Marcolino
Marcolino a 14 de Novembro de 2010 às 09:41

Caro Marcolino
O ciclo da viva, parece-me, é sempre assim...
Ontem a impetuosidade, o incomensurável, a inquietação, hoje a maturidade e com ela a progressiva serenidade de quem se encontra, se aceita, sem com isso desistir de procurar crescer, partilhar, e dar tanto do que essa experiência vivida lhe permitiu conquistar!
Abraço de força, essa força que afinal transmite tão bem.
Obrigada,
Isabel
Isabel Maia Jácome a 14 de Novembro de 2010 às 23:39

... esqueci-me!... que bela fotografia!
beijinho, Isabel!
Isabel Maia Jácome a 14 de Novembro de 2010 às 23:41

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