Sem inspiração...
Mas isto não bem verdade
Inspiro-me avulso
Lendo
Ouvindo
Olhando
Mas por vezes aqueles motes
Dos que me rodeiam
Tornam-se confusos demais
Para a minha mente de velho
Sempre em busca do mais perfeito
Há em mim
Algo de muito forte
A quem chamo de Fonte Inspiradora
Que nesses momentos de confusão
Me obriga a dedilhar este belo teclado
Letra a letra
Palavra a palavra
Fazendo-me ver amplamente
Que de dentro de mim pode brotar em poesia
A minha falta de fontes inspiradoras
Fazendo crescer este texto
De cima para baixo
Numa arvore plena de ramos assimétricos
Que nasce invertida
Com as suas Raízes nos Céus
E o seu Cume roçando a Terra
Onde cada um de vós aqui vem
Colher apenas das folhas do Cume
Nunca conseguindo tocar nas Raízes presas aos Céus
Fazer poesia é isto
São faltas de Inspiração
Transformadas em palavras aleatórias
Que a ninguém causam confusão
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-11-17