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Meu Amigo morreu...
Meu Amigo morreu
Bem mais velho que eu
Mas de ar jovem e compostinho
Conheci-o pobre
Nossa Amizade nasceu espontânea
Porque ele viva na pobreza
Os bens materiais que tinha
Eram os nossos já usados e recuperados
Sua roupas eram as nossas já usadas e cosidas
Usava sandálias nas quatro estações do ano
Dizia que não tinha frio porque Deus o aquecia
Ele comia das nossas sobras requentadas
Quando adoecia cotizávamo-nos
Para obter remédios para as suas mazelas físicas
Meu Amigo era um Filósofo da Felicidade
Dizia ele a quem infeliz andava
Oh jovem, pede a Deus para seres feliz
Mas sem os tais bens materiais mesmo sem amigos
Peço-lhe sempre Forças e que me leve num repente
Não gosto de velórios
Mas este velório tive mesmo que ir
Era o velório do meu Amigo
Tem piada nunca lhe conhecera alguma companheira
De dia andava sozinho quando connosco não conversava
Deliciava-se a escutar o chilreara da passarada
Falava com os canitos da rua quando se cruzava com eles
Eles ficavam dóceis que se roçavam nele
De noite desaparecia como as sombras no escuro da noite
Mas a um canto do velório uma Prostituta chorava de mansinho
Aproximei-me curioso e perguntei-lhe: É familiar dele?
Respondeu baixinho: Não, mas aqueceu-me a a minha Alma
Nas invernias dos meus desgostos ... Paz à sua Alma
Beijei-a na testa envergonhado por a considerar uma Puta
Segredei-lhe que quando desejasse falar minha Porta estava aberta
Obrigado vizinho sei que poderei contar consigo...!
Meu Amigo morreu
Mas a Puta que ele tão bem protegia
Em mim ganhou um outro Amigo...!!!
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-06-05