11
Jun 12

 

Amizade…

 

A verdadeira Amizade

É aquela a quem os ventos não levam

E certas distâncias jamais separam

E o Senhor Tempo jamais apaga

Das minhas grandes Amizades

Recordo essa grande Amizade

Desde que eramos pequenitos

Até aos dias de hoje

Existia entre nós grande cumplicidade

Para além de uma saudável alegria

Além de nos respeitarmos

Fomos sempre solidários

Uma teve que partir deste mundo

Fez-me sentir que havia perdido algo

Fez-me sentir ainda mais só

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-06-11

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:32
sinto-me: triste!
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05
Jan 12

 

 

Só agora dei que existo...

 

Só agora dei que existo

Que tenho este blogue

Se sou visitado e lido

Nem que seja por curiosidade

É matéria fora do meu pensar

Se ninguém minha casa visita

Para quê dizer a todo o mundo

Que vivo sem amigos diariamente

Nem o padeiro nem o leiteiro

Conseguem vender-me seus produtos

Como consumo tão pouco

Não sou nem serei um bom cliente

Sou daqueles quem lhes dá os bons dias

Acenando com uma das mãos

Porque a outra minha cabeça descobre

Em sinal de respeito

Pela minha vida passaram tantos e tantos amigos

Uns de infância

Outros da Escolinha e do Liceu

Quiçá da Tropa e da Faculdade

Mas da minha velhice ... népia

Uns já morreram

Outros para lá caminham cheios de achaques

Seus filhotes nunca me conheceram nem eu a eles

Quebraram-se laços de grandes amizades

Como quem deixa partir um copo de lindo cristal

Os cacos são varridos para o caixote do lixo

E na vitrina por lá ficou mais um espaço vazio

Onde ficam os outros bem longe do nosso olhar

Escondidos atrás das lindas portinhas da cristaleira

Não vão outras mãos aos velhos copos deixar tombar

Triste por não ver ninguém por perto

Vou espreitar os que ainda restam ao Facebook

Digo-lhes olá como lhes disse sempre

Quedo-me ansioso à espera de um sinal seu

Deles obtenho como resposta o seu duro silencio

Dou-lhes os parabéns pelos seus aniversários

Desejo-lhes umas Boas Festas

E como resposta

Nem um clique no «gosto» Facebookiano

Será que morreram e ninguém tem a sua palavra passe

Para suas presenças se tornarem em coisas que já foram

Mas nada de meu se quedou sem uma grande Amizade

Um casal jovem e bem humorado me adotou como Amigo

Ela pequenina ladina e bem humorada de coração fraterno

Ele um bom gigante Alentejano coração de oiro e nobre trato

Prefiro este afetuoso Facetoface ao outro Facebook

Porque nos saudamos

Porque conversamos

Porque rimos

Porque temos tempo para nos escutar

 

  M. Osório

- Peregrino -

2012-01-05

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 18:42
sinto-me: com dois Amigos bem humorados!

14
Jul 11

 

Amanheceu assim...

 

Amanheceu assim

No dia do meu aniversário

Amanheceu lindíssimo

Tal como desejava que o dia fosse

Mas com o passar das horas

Muita coisa linda e boa aconteceu

Os telefonemas eram mais de mil

As alegres parabenizações sucediam-se

Quase fiquei sem carga na bateria do telemóvel

À noite quando liguei este computador

Fi-lo para olhar certos e-mail's

Depois entrei no Facebook

Onde uma enchente de presenças amigas diárias

Me davam a saber que todos sem exceções

Me estimavam e se sentiam bem comigo

Fiquei comovido com esta manifestação de afetos

Deu para repensar a minha vida futura

Deu para atirar borda fora

Todos os Fantasmas do meu Passado

Que ainda moravam dentro de mim

Amanheceu assim

No dia deste meu aniversário

Em que Deus me deu a saber quão amado sempre fui

Por Amigos

Por Conhecidos

Por Familiares

Amanheceu assim

No dia do meu aniversário

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-07-14

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 07:10
sinto-me: pleno de Felicidade...!!!

13
Dez 10

 

Esta crise do Açúcar...

 

Acordou-me para certas realidades

Aquela parte amarga de todos nós

Escondida quando nada nos falta

Mostrando-se a luz do dia quando há faltas

Os afetos deste Natal desapareceram

Foram substituídos pela má disposição

Porque açúcar aos pacotes faltou

Repentinamente

Nem a Wikileaks vanguardista dos escândalos

Sequer sonhava que o açúcar iria faltar

Os amargos de boca que tem causado

A Portugal inteiro

Ficaram sem açúcar para se retemperarem

Imaginem-me diabético como sou

Sem vontade alguma deste bem açucarado

Entrar aqui ali acolá

Para comprar artigos de higiene caseira

E trazer como complemente dois quilos de açúcar

Não por cabeça

Apenas contando com a minha que vivo sozinho

Mas por local de venda ao público

Entrei num hipermercado

Comprei uma pasta de dentífrica

De lá saí com açúcar não necessário e uma pasta dentífrica

Noutro comprei um par de meias

De lá saí com açúcar não necessário e um par de meias

Ainda noutro e noutros comprei coisas desnecessárias

Só para por cada artigo trazer dois quilos de açúcar extra

Minha casa virou grande açucareiro

Quando açúcar não posso comer apenas o sintético me adoça

Que fazer pergunto eu em face de tanto açúcar angariado

Resolvi estar caladinho sem disto dizer seja a quem for

Mas guardando em lugar fresco e seco tanto açúcar angariado

Oh meu querido e doce Amigo disse-me certa voz ao ouvido

Já te imaginaste nesta crise de falta de afetos

A recolher de dentro de ti mesmo certos afetos escondidos

E colocá-los ao teu bom serviço para que todos a tua volta

Se sintam cada vez mais felizes e confiantes

Mesmo os que foram postos de parte pelos seus familiares

Porque deles já não necessitavam além de lhes darem trabalho

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2010-12-13

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 05:04
sinto-me: de sorriso de orelha a orelha!

04
Fev 10

Sentado à beira Tagus...

 
Olhando mansamente
Suas águas correrem livremente
Em direcção às águas Atlânticas
De braços fortes e firmes estendidos
Para as acolherem em longo amplexo
No final de uma ininterrupta Vida
Ora Mansa
Ora Meandrica
Ora em Rápidos
Acabando num Estuário
Sem dor nem estertor
Desde a sua Nascente
Até a este singelo e glorioso ocaso
Como se de um dos Céus se tratasse
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-02-04
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:41
sinto-me: A tomar um café com alguém!
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