Esperei tempos infindos…
Esperei tempos infindos
Para que te abrisses a mim
Que abrisses as portas ao teu amor
A quem te amava incondicionalmente
Mas do teu coração
Nem uma janela se abriu
Por amor deixei minha terra natal
Larguei bens pessoais
Deixei lá para trás amigos de infância
Mergulhei numa diáspora abissal
Certo de que está a valer a pena
Crente e afoito continuo a caminhar
Por terrenos sem horizontes à vista
Nem respostas às minhas verdades
Parar pelo caminho para olhar lá para trás
É coisa que deixou de fazer parte de mim
O ruído de tudo e todos que me rodeiam
Deixou de me afectar
Porque decidi viver na minha paz
Feliz por nada de meu possuir
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2013-01-12
