As primeiras Chuvas...
As primeiras Chuvas
Batidas pelos Ventos de Sul
Finalmente fizeram a sua aparição
Fustigando bem forte
Todas as janelas deste meu apartamento
Ainda ontem à noite
Caminhei despreocupadamente
Até ao meu Café
Foi naquela esplanada de sempre
Que jantei tranquilíssimo
Um belo de um Bife Grelhado da Vazia
Batas fritas e um ovo bem apaladados
Foram o seu acompanhamento
Do grande plasma
Saboreava um dos jogos internacionais
Duas equipas aguerridas
Uma delas teve mesmo que ganhar
Pela meia noite
Caminhei devagar até este apartamento
O ar estava ainda morno e parado
A humidade era superior ao normal
Sorri-me
Pensando que pela manhã chovesse
Chuva tão necessária às terras de cultivo
Chuva bem vinda às Barragens de Portugal
Deitei-me tranquilamente
Acordei com o bater suave das gotas da chuva
Levantei-me
Olhei através do vidro bem molhado
Onde as gotas deslizavam suavemente
Como que pedindo caminho livre
Para molhar os Campos ao meu redor
Sentei-me no banquinho usual
Mirando a torrente de gotículas
Dizendo-me Olá Peregrinito
Ousei abrir a janela
Desejando sentir-me molhado
Abençoado pela Mãe Natureza
Respirei várias vezes bem fundo
Agradecendo a Deus
Esta sua dádiva vinda dos Céus
Abençoada
Que a ninguém mal faz
Porque é para todos sobrevivermos
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-11-02