Poeta Boémio...
Poeta Boémio
Boémio poeta acorda lá
Dessa longa noite de fados
E vem ter connosco dias a fio
Para conversar e fazer versos
Versos às mesas dos cafés
Pelos bancos dos jardins
Nas paragens de autocarros
Pelos lindos miradouros
Das cidades onde vagabundeias
Sem cansado nunca ficares
Poeta boémio
Boémio poeta pés a caminho
Para com outros poetas
Todos os fados se apagarem
E mil sorrisos despertarem
Para que este mundo inolvidável
Só de rostos felizes se cubra
Sem sulcos de amargas lágrimas
Nem rosas castanhas por secarem
Sentadas às esquinas dos Tempos
Dos Tempos de um Tempo já finado
Cremado por passado em sofrimento
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2011-05-24