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Mar 13

 

Olho este copo…

 

Olho este copo

Com vontade de o ver cheio

Não de água nem de vinho

Mas sim de muitas moedinhas

Para que ao final deste dia

Ao regressar à minha barraca

Possa comprar uma malga de sopa

Meio pão do Alentejo

E assim aconchegar meu vazio estômago

Passam tantos e tantos por mim

Uns olham-me com nojo

Outros com desdém

Outros apenas me ignoram

Mas entre tantos milhares de passantes

Há sempre uma alma bondosa

Que me acorda da letargia

Lançando para dentro deste copo vazio

Uma pequenina moedinha castanha

Sempre bem-vinda

Sempre bem recebida

Que me faz antever a minha satisfação

De poder tomar uma sopinha

E rilhar pão do Alentejo

 

Marcolino Duarte Osório

          - Peregrino -

          2013-03-13

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 11:38
sinto-me: constrangido...!!!

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