16
Mai 12

 

Silencio…

 

Silencio

Arma mortífera

Para quem assim Mata

Jamais deseje assim Morrer

Com o Silencio se pratica a Eutanásia

Negando remédios a quem deles necessita

Com o Silencio se condena à Fome

Negando alimentos a quem os pede humildemente

Com o Silêncio quantos condenaram já seus Pais

A uma Morte que poderia ser evitada

Com o Silêncio se morre de olhos esbugalhados

Corpos minados pela Doença

Corpos enfraquecidos pela Fome

Corpos desenlaçados das suas Almas

Corpos exalando cheiros dos abandonos putrefactos

Silencio

Arma mortífera

Para quem assim Mata

Jamais deseje assim Morrer

 

© M. Osorio

 - Peregrino -

  2012-05-16

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:43
sinto-me: a proibir todos os silencios!

25
Out 11

 

Certas Velhas Vips...

 

Certas Velhas Vips

É vê-las ao cair da noite

Sair de casa aperaltadas

Dentro de ricos vestidos emprestados

Caras embelezadas com plásticas à borla

Lábios polpudos à moda de escarlate pintados

Descaídos num dos lados

Por tanto cigarro queimado ali dependurarem

Aqui e ali e acolá se dirigem para se alimentarem

Em jantares de sociedade dos novos colunáveis

Por conta recebendo também alguns pagamentos

Pelas suas destacadas presenças outrora joviais

Junto aos ambiciosos novos e decadentes colunáveis

Que junto a estas velhas buscam alguma fama e alimento

Para os seus paupérrimos e excêntricos egos

Depois ao raiar do dia

É vê-las regressar às suas habitações

Mais cansadas do que nunca nos seus desolados quartos

Despedem-se das roupas emprestadas

Depois de tirarem os seus corpetes inteiros

Que lhes adelgaçaram o corpo e ergueram seus peitos

Olham-se ao espelho desfeitas em lágrimas pesarosas

Por verem seus antigos e belos corpos

Readquirirem as suas formas atuais e verdadeiras

Cansadas de uma noitada eternamente espartilhadas

Deitam-se chorando de mansinho nas suas solidões

Porque aquilo que já foram cada vez o serão bem menos

Resta-lhes depositarem os cheques recebidos

Como recompensa das suas eternas e idiotas presenças

Dormem de dia em vigília com sonos entrecortados

Aproveitando almoçar os restos trazidos das festas

Anicham-se de novo em pobres lençóis até o sol desaparecer

Para mais tarde se ferirem na ronda das festas dos colunáveis

Tal-qualmente pescadinhas rabo na boca...

 

Marcolino Duarte Osório

- Peregrino -

2011-10-25

publicado por Marcolino Duarte Osorio às 00:27
sinto-me: a tabaquear estas questões...!

22
Jan 10

Sempre gostei de receber...

 
Era o que se escutava antigamente
Era ver casas engalanadas e iluminadas
Quer fossem apartamentos
Ou se tratassem de vivendas
Ou ainda as existentes Quintas
Os tempos mudaram
Comer deixou de ser convívio prazenteiro
Comer passou a ser industrializado
Restaurantes na penúria
Deitaram mãos a esta nova Regra Social
Alugam espaços livres
A famílias também há muito na penúria
Paga-se a prestações
Com cheques pré-datados
Come-se de pé
Conversa-se de pé
Gira-se a pé para não perder pitada
Orquestra sem vintém é alugada à hora
Dança-se de pé porque sempre foi norma
Um Fotografo também sem eira nem beira
Dá flashadas a torto e a esmo
Aos agraciados pelo Relações Públicas
Há que convidar um Jornalista dos Colunáveis
Regra de ouro dos arrivistas
Que o tempo é de crise
E as bolsas cada vez mais magras
 
Marcolino Duarte Osório
- Peregrino -
2010-01-22
publicado por Marcolino Duarte Osorio às 02:38
sinto-me: Numa hora de mudança...!
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